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Falta de suplementação nutricional com macro e micronutrientes prejudica produção

Nutrição das plantas


A reposição de nutrientes é essencial para a manutenção dos níveis de produtividade das culturas. Os nutrientes exportados através dos grãos ou de outras partes colhidas, e também os perdidos através de processos como lixiviação e escorrimento superficial devem ser repostos ao sistema de produção. A nutrição adequada das plantas é um fator que impacta diretamente na produtividade das culturas, e também em outros aspectos como, por exemplo, na capacidade defensiva das plantas contra o ataque de doenças e na capacidade de superação de estresses abióticos.

Para a suplementação de macro e micronutrientes nas lavouras, é fundamental a observação de diversos aspectos. O primeiro é a quantidade de nutrientes que o solo pode prover. Esta informação é fornecida pela análise de solo, que deve ser realizada regularmente.

O segundo aspecto a ser levado em consideração é a cultura em questão e a expectativa de produtividade. De acordo com o coordenador em Nutrição de Plantas do Instituto Phytus e Doutor em Agronomia, Diego Dalla Favera, as culturas têm diferentes necessidades nutricionais, tanto em quantidade, quanto na proporção entre os nutrientes e a aplicação destes deve ainda ser realizada em solo com pH previamente corrigido e descompactado. “Caso isso não seja feito, a eficiência dos nutrientes aplicados pode reduzir drasticamente. Além da aplicação via solo, os nutrientes também podem ser aplicados via pulverização foliar”, explica o pesquisador.

A aplicação foliar de nutrientes é importante como um complemento à adubação realizada via solo. Dalla Favera orienta ainda sobre a necessidade de se tomar cuidado com a qualidade dos produtos foliares. “Deve-se dar preferência a formulações que não reajam com os outros compostos presentes na calda de pulverização como, por exemplo, as formulações quelatizadas”, completa.

Os macros e micronutrientes são elementos químicos essenciais para o crescimento e desenvolvimento das plantas. As denominações “macro” e “micro” não se referem à importância do nutriente para a planta, mas sim à quantidade necessária. Dalla Favera comenta que os macronutrientes são os elementos requeridos em grandes quantidades pelas plantas, já os micronutrientes são requeridos em pequenas quantidades e esta alternância se deve às diferentes funções que cada um exerce.

Os elementos classificados como macronutrientes são Nitrogênio (N), Fósforo (P), Potássio (K), Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Enxofre (S). Já os micronutrientes são o Cobre (Cu), Zinco (Zn), Manganês (Mn), Boro (B), Ferro (Fe), Molibdênio (Mo), Cloro (Cl) e Níquel (Ni). Todos esses elementos são classificados como essenciais, pois na ausência deles as plantas não completam seu ciclo. Existem também elementos não essenciais, mas considerados como benéficos, pois auxiliam o desenvolvimento das plantas. São considerados elementos benéficos Sódio (Na), Silício (Si) e Cobalto (Co).

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