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Frango, ovo, milho e inflação em junho de 2021 e nos 27 anos de vigência do Real

Frango vivo e ovo, claro, sempre ficaram aquém do IGP-DI


Foto: Eliza Maliszewski

Completados 27 anos de implantação do Real como padrão monetário brasileiro – o aniversário foi em 1º de julho de 2021 – a inflação brasileira medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) da Fundação Getúlio Vargas acumula 956,34% de variação.

Naturalmente, nesse período muitos produtos ultrapassaram o IGP-DI. Mas na agropecuária foram poucos. E entre esses poucos está o milho que, com a forte demanda externa e a dolarização de seus preços, desde outubro do ano passado vem superando a inflação. Em junho, a despeito de um recuo mensal de mais de 8%, encerrou o semestre acumulando quase 1.157% de variação em relação ao período de implantação do Real.

Frango vivo e ovo, claro, sempre ficaram aquém do IGP-DI. Mas, nesses 324 meses, o frango sempre teve remuneração melhor. Tanto que, nos últimos 12 meses, seus preços ficaram, em média, a 80% do IGP-DI. Já os preços do ovo não alcançaram, sequer, 50% do IGP-DI.

Tivesse acompanhado o IGP-DI, o ovo teria registrado em junho valor correspondente a R$203,56/caixa. Ficou a 55% desse valor (R$112,32/caixa). Por seu turno, o frango vivo deveria ser comercializado por R$6,34/kg. Como seu preço médio no mês ficou em R$5,52/kg, alcançou 87% do IGP-DI.

Já o milho, pelo mesmo critério, deveria ser comercializado por, no máximo, R$80,92/saca. Mas custou quase 20% a mais, pois a média registrada foi de R$96,29/saca.

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