Frango x boi: a pior relação de preços dos últimos 12 anos
Levantamento abrange pouco mais de uma década
Levantamento abrangendo os 12 anos decorridos entre 2004 e 2015 (2015: até 21 de maio) aponta que no corrente exercício o frango vivo vem registrando a menor equivalência de preços em relação ao boi em pé desse longo período. O levantamento abrange pouco mais de uma década, mas é provável que o resultado atual corresponda à pior relação da moderna produção animal.
Comercializado ontem (21) por R$2,15/kg, o frango vivo do interior paulista foi remunerado por valor equivalente a pouco mais de um quinto do quilo do boi em pé (arroba a R$148,00/kg). Mas na média de 2015 essa relação alcança índice um pouco superior, próximo de 24%.
Ainda assim, o resultado atual se encontra visivelmente aquém do obtido no ano passado ou, mesmo, nos quatro anos decorridos entre 2008 e 2011, exercícios em que a relação de preços esteve próxima de 30%.
A propósito, é oportuno observar que os índices registrados em 2007 e no biênio 2012-2013 são anormais, pois refletem momentos em que houve déficit na produção brasileira de frangos.
A redução ocorrida em 2007 foi efeito da forte crise de Influenza Aviária ocorrida no Hemisfério Norte em 2006. Ela reduziu o consumo mundial da carne de frango e, afetando as exportações brasileiras, derrubou os preços internos. Com grandes prejuízos e sem socorro financeiro, o setor foi forçado a uma compulsória redução dos alojamentos, que redundou (ano seguinte) em menor oferta do produto. Daí a “falsa” valorização do frango em relação ao boi em pé naquele exercício.
A melhor relação do biênio 2012-2013 tem, praticamente, os mesmos ingredientes, exceto pelo fato de não ter sido causada por uma doença, mas sim por uma crise no abastecimento de matérias-primas que começou nos EUA e que, por aqui, “quebrou” boa parte da avicultura, abandonada ao “Deus dará”. Isto, ainda que fossem registrados, então, recordes históricos na produção brasileira de milho e soja.
Considerando, pois, que os dois “picos” mencionados correspondem a momentos de “falsa valorização”, é permitido concluir que os índices mais recentes correspondentes à melhor realidade são aqueles registrados no quadriênio 2008-2011 e, novamente, no ano passado.
Mas – pergunta-se – o baixíssimo valor do frango em relação ao boi atualmente registrado decorre do quê? Da aceleração dos preços do boi? Ou do caminhar mais lento dos preços do frango?
Dos dois – é a aparente resposta. Pois tomando como base a inflação (IPCA) acumulada no período analisado (perto de 77% até abril passado), constata-se que os preços do boi tiveram evolução melhor, pois em 2015 são, na média, 140% superiores. Já o frango vivo teve evolução de preços inferior à da inflação, pois sua cotação atual representa incremento de não mais que 56% sobre a média de 2004.
Comercializado ontem (21) por R$2,15/kg, o frango vivo do interior paulista foi remunerado por valor equivalente a pouco mais de um quinto do quilo do boi em pé (arroba a R$148,00/kg). Mas na média de 2015 essa relação alcança índice um pouco superior, próximo de 24%.
Ainda assim, o resultado atual se encontra visivelmente aquém do obtido no ano passado ou, mesmo, nos quatro anos decorridos entre 2008 e 2011, exercícios em que a relação de preços esteve próxima de 30%.
A propósito, é oportuno observar que os índices registrados em 2007 e no biênio 2012-2013 são anormais, pois refletem momentos em que houve déficit na produção brasileira de frangos.
A redução ocorrida em 2007 foi efeito da forte crise de Influenza Aviária ocorrida no Hemisfério Norte em 2006. Ela reduziu o consumo mundial da carne de frango e, afetando as exportações brasileiras, derrubou os preços internos. Com grandes prejuízos e sem socorro financeiro, o setor foi forçado a uma compulsória redução dos alojamentos, que redundou (ano seguinte) em menor oferta do produto. Daí a “falsa” valorização do frango em relação ao boi em pé naquele exercício.
A melhor relação do biênio 2012-2013 tem, praticamente, os mesmos ingredientes, exceto pelo fato de não ter sido causada por uma doença, mas sim por uma crise no abastecimento de matérias-primas que começou nos EUA e que, por aqui, “quebrou” boa parte da avicultura, abandonada ao “Deus dará”. Isto, ainda que fossem registrados, então, recordes históricos na produção brasileira de milho e soja.
Considerando, pois, que os dois “picos” mencionados correspondem a momentos de “falsa valorização”, é permitido concluir que os índices mais recentes correspondentes à melhor realidade são aqueles registrados no quadriênio 2008-2011 e, novamente, no ano passado.
Mas – pergunta-se – o baixíssimo valor do frango em relação ao boi atualmente registrado decorre do quê? Da aceleração dos preços do boi? Ou do caminhar mais lento dos preços do frango?
Dos dois – é a aparente resposta. Pois tomando como base a inflação (IPCA) acumulada no período analisado (perto de 77% até abril passado), constata-se que os preços do boi tiveram evolução melhor, pois em 2015 são, na média, 140% superiores. Já o frango vivo teve evolução de preços inferior à da inflação, pois sua cotação atual representa incremento de não mais que 56% sobre a média de 2004.
