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Futuros Produtores do Brasil aprendem sobre a bovinocultura de corte mato-grossense

O projeto é realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT)

O projeto é realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT)

Os dois últimos dias do segundo encontro da turma 2016 do projeto Futuros Produtores do Brasil foram dedicados à bovinocultura de corte.  Na sexta-feira (26/08), o grupo, composto por jovens filhos de produtores rurais de Mato Grosso, conheceu a Estância Anna Sophia, do produtor rural e engenheiro agrônomo Arno Scheinder e filhos.

O projeto Futuros Produtores do Brasil é realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), com o apoio dos Sindicatos Rurais do estado. Um dos objetivos é incentivar e facilitar o processo de sucessão familiar.

Localizada na Baixada Cuiabana, a Estância Anna Sophia integra a Fazenda Boqueirão, uma das vencedoras do Prêmio Sistema Famato em Campo que identificou e premiou no estado práticas diferenciadas de pecuária no ano passado.

Arno Schneider foi um dos primeiros a investir em sistemas integrados em Mato Grosso. Há mais de 15 anos ele desenvolve a Integração Pecuária-Floresta (IPF). Na Estância Anna Sophia, são 1900 hectares de pastagem nos quais mais de 80 destinados à integração com teca. Há também mais 100 hectares onde são cultivados teca em sistema cadenciado, ou seja, somente de teca.

“Escolhemos a teca por ser uma madeira nobre, de qualidade e que tem grande aceitação pela indústria moveleira. A integração é uma maneira de agregarmos renda, fazendo um hectare render mais”, explica Scheinder. A pecuária é a principal atividade da estância. São quase três mil animais das raças Nelore, Brahman, Caracu e Aberdeen Angus em regime de semi-confinamento. Scheinder trabalha com cria, recria e engorda.

A rentabilidade é um dos pontos fortes da Anna Sophia, além Integração Pecuária-Floresta, na propriedade é aplicada a técnica conhecida como “boi 7-7-7” em que o animal ganha sete arrobas em cada etapa do ciclo de produção. "O boi criado no regime 7-7-7 é abatido pesando 21 arrobas em apenas 24 meses, o que me permite ter um lucro de quase mil reais a mais por cabeça" esclarece o produtor rural.

Outra técnica aplicada na propriedade é a adubação de pastagem. "A pastagem é a minha lavoura. A comida do gado é o pasto, a adubação incrementa a produtividade do pasto e, consequentemente, eu consigo aumentar a minha lotação de animais, que hoje é de 1,6 UA/ha, dentro da fazenda".

Para Adricson Provenssi, participante do projeto que é de Jaciara, senhor Arno é um exemplo a ser seguindo. “Esse produtor que conhecemos é um caso a parte. Além de estar à frente de seu tempo, investindo em tecnologias e pensando na rentabilidade, ele ainda tem uma boa relação com seus filhos”. Arno e seu filho Zacarias ainda bateram um papo com os jovens sobre avanço tecnológico, sustentabilidade e sucessão familiar.

No sábado, os participantes do projeto aprenderam um pouco mais sobre a cadeia da bovinocultura de corte. No início da manhã tiveram uma palestra técnica sobre o assunto com o instrutor do Senar-MT Perivaldo de Carvalho. Logo após conheceram o cenário econômico da cadeia com o analista de bovinocultura de corte do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) Yago Travagini.

Este foi o segundo encontro dos jovens. Eles ainda terão mais um em Cuiabá e outro no estado de São Paulo, onde visitarão a Bolsa de Valores BM&F Bovespa, o Porto de Santos e duas multinacionais que desenvolvem tecnologia para a agricultura. “Tenho aprendido e conhecido muitas coisas interessantes que, com certeza, utilizarei no meu dia a dia”, diz o participante de Juína, Robson Machado Júnior.

Projetos Agro Sociais

No final do curso, em outubro, cada um dos alunos terá que apresentar um projeto agro social. Neste segundo módulo, eles já discutiram junto com o consultor Gilberto Fidélis Pacheco a ideia que irão trabalhar nos próximos meses. 

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