Grãos: produtor aumenta em 70% lavoura após adotar vazio sanitário em MG

Produtor rural há 20 anos, o agricultor Luiz Antônio Miranda aumentou em 70% a lavoura de grãos após ter adotado a prática do vazio sanitário em Unaí, em Minas Gerais. O vazio sanitário é um período de ausência de plantas vivas nas lavouras de culturas como soja, feijão e algodão, que reduz a incidência de pragas e permite maior produção e menor impacto ambiental.

Conforme Miranda, o sistema tem auxiliado diretamente no combate às pragas em suas plantações. “O vazio sanitário foi a melhor coisa que inventaram para nós. O período ajuda a diminuir as pragas, pois não tem nenhuma lavoura próxima na qual elas possam se proliferar. E quando voltamos a plantar, a incidência dessas doenças fica mais fraca. Assim, colho grãos mais sadios e garanto meu lucro”, destaca.

Em Minas Gerais, a cada nova safra, os agricultores estão aderindo cada vez mais à prática, com objetivo de reduzir a incidência de pragas no campo e, consequentemente, o uso de agrotóxicos. Nos últimos cinco anos, apenas 32 das 3.955 propriedades rurais inspecionadas foram multadas por descumprimento do vazio sanitário. Implantado em 2007 no Estado, o sistema é fiscalizado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

Cadastro

Os produtores mineiros de soja, feijão e algodão devem fazer o cadastro da área plantada a cada safra, no prazo de 30 dias após o plantio junto ao IMA. Em caso de descumprimento, os agricultores são autuados e têm prazo de dez dias para erradicar as plantas.

Sabia mais

Em MG, o vazio sanitário da soja consiste no período entre 1º de julho e 30 de setembro para evitar a presença do fungo causador da ferrugem da soja. Na cultura do algodão, a data do vazio ocorre de 20 de setembro a 20 de novembro a fim de evitar a proliferação do bicudo do algodoeiro. Para o feijão, o período do vazio vai de 20 de setembro a 20 de outubro e tem como objetivo controlar a Mosca Branca.

Com informações do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA)