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Helicoverpa armigera: Falhas na pulverização comprometem controle

Adverte engenheiro agrônomo Manoel Ibrain Lobo Junior



O engenheiro agrônomo Manoel Ibrain Lobo Junior alerta para o fato de que falhas na pulverização podem comprometer o controle da Helicoverpa armigera. “Sempre devemos obedecer à risca as recomendações de doses de agroquímicos recomendadas pelas empresas nacionais e estrangeiras de agroquímicos”, lembra Lobo Junior, que também é auditor da GlobalGAP IFA (Boas Práticas Agrícolas).


“No caso da lagarta Helicoverpa, como também no caso de outras lagartas, em função dos hábitos de movimentação e localização, existe a necessidade de serem produzidas e depositadas gotas com classificação de tamanhos “finas e muito finas” nas folhas dos baixeiros (entre o período de 10h às 14h)”, recomenda o especialista.

“Por meio da realização de testes comparativos em campo, utilizando papéis sensíveis como indicadores de deposição de gotas, é possível visualizar a maior eficiência das gotas finas e muito finas de atingirem os alvos localizados nos baixeiros (terço inferior) das plantas”, ressalta ele para a Revista Campo e Negócios.

Se essas gotas não forem “protegidas” por um bom adjuvante de calda “antievaporante” (óleos minerais, vegetais, organossiliconados, glicerinados, lecitinados, etc.), “serão rapidamente consumidas pelas altas temperaturas e baixas umidades relativas, perdendo rapidamente seus tamanhos, ficando mais leves, com menores velocidades de queda e mais suscetíveis às rajadas de vento (perdas pela deriva)”, adverte Lobo Junior.

“Muitos produtores ainda utilizam altos volumes de calda (acima de 200 litros por hectare), objetivando maiores pressões operacionais, maiores velocidades e menores gotas, objetivando atingirem as lagartas. Porém, quanto maior o volume de água aplicado, menor será a concentração do ingrediente ativo nas gotas produzidas que atingirão os alvos”, explica.


“Por meio de trabalhos práticos em campo foi possível constatar uma maior eficiência dos inseticidas quando aplicados em menores volumes de calda (70 a 100 litros por hectare). É fato que as gotas produzidas que atingiram os alvos “carregavam” maiores quantidades de ingredientes ativos. Dessa forma, essas gotas foram mais efetivas no controle dos insetos-alvos”, segue.

Segundo ele, “é importante citar também uma certa relação entre as menores velocidades operacionais com as maiores eficiências nas deposições de gotas com classificação de gotas finas e muitos finas nas folhas localizadas nos terços inferiores das culturas adensadas. Em uma recomendação técnica e planejada para serem utilizados menores volumes de calda, é importante ficar muito claro que somente será reduzido o volume da água aplicada (somente a água como o veículo)”.

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