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Incentivo para diversificação da cultura do tabaco já é realidade no Brasil

O resultado da COP 6 reforçou que o Brasil está no caminho certo


O resultado da 6ª Conferência das Partes (COP 6), realizada em Moscou (Rússia), reforçou que o Brasil está no caminho certo em relação às políticas públicas direcionadas ao cultivo do tabaco. No evento ficou assegurada a participação dos agricultores familiares na formulação e implementação das políticas públicas voltadas à produção de fumo.

O direito em âmbito mundial foi garantido com apoio da Comitiva Brasileira, da qual faz parte o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que defendeu propostas como a promoção e diversificação da cultura do tabaco e a proteção do meio ambiente e da saúde dos agricultores.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Laudemir Müller, comemorou o resultado: “A agricultura familiar conquistou uma vitória importante. Além de participar da formulação e implementação de políticas públicas para o setor, os produtores de tabaco brasileiros contam com apoio para diversificar a produção, agregar renda e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida de seus familiares.”

Müller ressaltou que na conferência o MDA dialogou com representantes dos agricultores para que eles participassem ativamente da construção de propostas. O objetivo foi trocar informações e sugestões, já que o Brasil é um dos países que defende a participação das organizações do setor como observadores nas conferências.

Apoio para diversificação

O ministro Laudemir Müller lembra que os produtores de tabaco interessados em diversificar a produção podem acessar uma série de incentivos e garantias, como crédito, seguro, além da assistência técnica e extensão rural.

E foi o que buscaram os irmãos Volnei e Valmir Feltrin (foto), que nasceram em meio à plantação de tabaco do pai, no município catarinense de Turvo. Aos poucos, eles começaram a testar outras culturas até que, em 2010 encontraram um fruto diferente e exótico, a pitaya, conhecido como “fruta do dragão”, devido aparência semelhante a do animal mitológico.

Para Volnei, a participação dos agricultores na formulação de políticas públicas sobre a produção do tabaco representa uma vitória importante, pois esses agricultores são os principais beneficiados pelas políticas públicas de apoio à mudança de produção. “Para nós a diversificação foi uma mudança excelente. Agora trabalhamos com saúde e garantimos nossa renda.”

No começo, eles tinham 125 mudas de pitaya. Hoje, a propriedade de 10 mil hectares tem 1,5 hectares do fruto e 3,5 mil pés, sendo que 2,5 mil já produzem. “Só o tabaco dava muito trabalho, prejudicava nossa saúde e não tirávamos renda. Tivemos que diversificar e foi com a pitaya que deu certo”, conta o Valmir.

Programa Nacional de Diversificação em Áreas Cultivadas com Tabaco

Para ajudar na transição das culturas, os irmãos Feltrin buscaram apoio no Programa Nacional de Diversificação em Áreas Cultivadas com Tabaco, criado sob a coordenação do MDA, que tem por objetivo apoiar projetos de extensão rural, formação e pesquisa para desenvolver estratégias de diversificação produtiva em propriedades de agricultores familiares que produzem fumo, além de criar novas oportunidades de geração de renda e qualidade de vida às famílias.

E para dar início à plantação de pitaya, os Feltrin também buscaram crédito no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). “Nós pegamos o Pronaf para fazer a estrutura de madeira pra plantar a pitaya e também para investir em insumos”, revela Volnei.

Até o ano passado, os irmãos ainda tinham 70 mil pés de fumo. Esse ano, a produção caiu para 40 mil pés. E Volnei conta que a intenção da família é, até 2016, substituir toda a plantação de fumo por pitaya.

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