O crescimento da riqueza proporcionada pelos campos de Mato Grosso do Sul neste ano será o menor desde 2009. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Valor Bruto da Produção (VBP) deve somar, até o fim do ano, R$ 21,612 bilhões, montante apenas 1,9% maior que os R$ 21,208 bilhões contabilizados em 2013. A variação, que é pequena na comparação com os resultados dos anos anteriores, foi segurada, sobretudo, pelo desempenho negativo da pecuária. Por produto, a queda no VBP chega a 21,65%. O assunto é tema de reportagem no jornal Correio do Estado, edição desta segunda-feira (18)
Segundo o coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia Gasques, a situação de Mato Grosso do Sul acompanha a do restante do País e resulta, em parte, da desvalorização dos preços médios de importantes produtos agropecuários, segundo a reportagem.
Os números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) endossam essa observação. De acordo com o MDIC, os valores médios das commodities sul-mato-grossenses recuaram até 30,5% na comparação entre os sete primeiros meses deste ano e o mesmo período de 2013. Essa variação se refere ao preço do milho, que caiu de US$ 284,62 para US$ 197,80 a tonelada. Entre os principais produtos do campo, também apresentaram queda nos preços médios o açúcar da cana (-10,73%), celulose (-8,76%), soja (-4,26%), carne suína (-2,24%), frango (-1,79%) e carne bovina (-1,16%).
Outro fator que colabora para o baixo crescimento do VBP é a retração econômica nacional. Gasques explica que alguns produtos, com elevada demanda internacional, sofrem menos o impacto da economia doméstica. Mas há outros com forte peso na composição dos valores da produção, que são mais impactados pela situação interna. É o caso, por exemplo, da soja e do milho. “Quando a economia se retrai, muitas pessoas deixam de consumir alguns alimentos, como carne. Com isso, há redução da compra de soja e milho a serem usados como ração, o que puxa os preços para baixo”, explica.
Baixas variações
A combinação desses fatores respinga no VBP, sobretudo, no da pecuária, que deve apresentar queda de 3,35% neste ano, de R$ 8,207 bilhões (em 2013) para R$ 7,932 bilhões.
Entre os produtos pecuários, a maior redução prevista pelo Mapa é a do suíno, cujo VBP deverá recuar em Mato Grosso do Sul 21,65% neste ano (de R$ 344,25 milhões para R$ 296,69 milhões). Também deverão cair o VBP do frango (-15,27%, de R$ 1,296 bilhão para R$ 1,098 bilhão) e, em menor medida, o da carne bovina (-0,62, de R$ 6,369 bilhões para R$ 6,329 bilhões).
O VBP das lavouras deve, de modo geral, crescer 5,2% (de R$ 13 bilhões para R$ 13,679 bilhões de 2013 para 2014). A maior variação é a do trigo (108%), passando de R$ 7,15 milhões em 2013 para R$ 14,902 milhões em 2014. Dos principais produtos, a maior alta é a da soja (9%), devendo subir de R$ 5,67 bilhões para R$ 6,19 bilhões.
Por outro lado, o milho (1,87%, R$ 3,46 bilhões para R$ 3,52 bilhões) e a cana-de-açúcar (0,85%, de R$ 2,802 bilhões para R$ 2,826 bilhões) contabilizam aumentos modestos. Em situação ainda pior estão o feijão (-25%, de R$ 75,63 milhões para R$ 56,43 milhões) e a mandioca (-2,68%, de R$ 260,76 milhões para R$ 253,77 milhões).
Segundo o coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia Gasques, a situação de Mato Grosso do Sul acompanha a do restante do País e resulta, em parte, da desvalorização dos preços médios de importantes produtos agropecuários, segundo a reportagem.
Os números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) endossam essa observação. De acordo com o MDIC, os valores médios das commodities sul-mato-grossenses recuaram até 30,5% na comparação entre os sete primeiros meses deste ano e o mesmo período de 2013. Essa variação se refere ao preço do milho, que caiu de US$ 284,62 para US$ 197,80 a tonelada. Entre os principais produtos do campo, também apresentaram queda nos preços médios o açúcar da cana (-10,73%), celulose (-8,76%), soja (-4,26%), carne suína (-2,24%), frango (-1,79%) e carne bovina (-1,16%).
Outro fator que colabora para o baixo crescimento do VBP é a retração econômica nacional. Gasques explica que alguns produtos, com elevada demanda internacional, sofrem menos o impacto da economia doméstica. Mas há outros com forte peso na composição dos valores da produção, que são mais impactados pela situação interna. É o caso, por exemplo, da soja e do milho. “Quando a economia se retrai, muitas pessoas deixam de consumir alguns alimentos, como carne. Com isso, há redução da compra de soja e milho a serem usados como ração, o que puxa os preços para baixo”, explica.
Baixas variações
A combinação desses fatores respinga no VBP, sobretudo, no da pecuária, que deve apresentar queda de 3,35% neste ano, de R$ 8,207 bilhões (em 2013) para R$ 7,932 bilhões.
Entre os produtos pecuários, a maior redução prevista pelo Mapa é a do suíno, cujo VBP deverá recuar em Mato Grosso do Sul 21,65% neste ano (de R$ 344,25 milhões para R$ 296,69 milhões). Também deverão cair o VBP do frango (-15,27%, de R$ 1,296 bilhão para R$ 1,098 bilhão) e, em menor medida, o da carne bovina (-0,62, de R$ 6,369 bilhões para R$ 6,329 bilhões).
O VBP das lavouras deve, de modo geral, crescer 5,2% (de R$ 13 bilhões para R$ 13,679 bilhões de 2013 para 2014). A maior variação é a do trigo (108%), passando de R$ 7,15 milhões em 2013 para R$ 14,902 milhões em 2014. Dos principais produtos, a maior alta é a da soja (9%), devendo subir de R$ 5,67 bilhões para R$ 6,19 bilhões.
Por outro lado, o milho (1,87%, R$ 3,46 bilhões para R$ 3,52 bilhões) e a cana-de-açúcar (0,85%, de R$ 2,802 bilhões para R$ 2,826 bilhões) contabilizam aumentos modestos. Em situação ainda pior estão o feijão (-25%, de R$ 75,63 milhões para R$ 56,43 milhões) e a mandioca (-2,68%, de R$ 260,76 milhões para R$ 253,77 milhões).
