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Controle biológico da praga psilídeo-de-concha

Saiba mais sobre o uso da vespa Psyllaephagus bliteus para o controle natural da praga psilídeo-de-concha em florestas de eucalipto


Saiba mais sobre o uso da vespa Psyllaephagus bliteus para o controle natural da praga psilídeo-de-concha em florestas de eucalipto
 

O eucalipto, espécie madeireira originária da Austrália e das Ilhas da Oceania, é uma excelente fonte para produção de papel e celulose que traz muitos ganhos para o Brasil. No entanto, essa cultura é ameaçada por diversas pragas, doenças e plantas daninhas. No Brasil, entre as pragas naturais que a atacam destacam-se, principalmente, as formigas cortadeiras, os besouros e as lagartas desfolhadoras. E, recentemente, tornou-se mais preocupante a chegada ao país de uma nova praga que ataca o eucalipto: o psilídeo-de-concha.

Para combater o psilídeo-de-concha, um dos métodos utilizados é o controle químico, com o uso de inseticidas sistêmicos de alto custo, impactantes ao meio ambiente e de efeito temporário. O custo estimado com aplicação desses inseticidas, de acordo com o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna/SP), Luiz Alexandre Nogueira de Sá, pode variar de R$ 40,00 a 150,00 por hectare, sendo necessárias, no mínimo, três aplicações por ano.

Durante o Prosa Rural desta semana, o pesquisador Nogueira de Sá, fala sobre uma alternativa de combate a essa praga: o controle biológico, feito com uso de uma vespinha parasitóide de nome complicado, Psyllaephagus bliteus, que tem se mostrado como o método mais adequado, já tendo sido validado nos Estados Unidos e no México. O controle biológico com o uso dessa vespa parasitóide tem reduzido a infestação da praga conforme resultados obtidos nesses países.

Estudos já estão em andamento no Brasil, com o objetivo de se conhecer a presença deste e de outros agentes de controle biológico nas florestas de eucalipto. A vespa parasitóide, recém introduzida no país, está sendo criada em condições de laboratório e liberada nos hortos florestais de eucalipto na região de Jaguariúna, desde 2005.

De acordo com o pesquisador, a aplicação desta tecnologia está beneficiando o pequeno e médio produtor rural de lenha, carvão, mourão de cerca e postes de rede elétrica; e o grande produtor na produção em larga escala de papel e celulose pelas indústrias do ramo florestal e de carvão para a siderurgia nacional; e também o meio ambiente pela utilização desta tecnologia limpa, com mínimo impacto ambiental e baixo custo.

O Prosa Rural é o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Responsável: Eliana Lima - Embrapa Meio Ambiente
 
 

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