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Novos cortes, praticidade e qualidade. A carne bovina trabalha para acompanhar a mudança do consumo

Especialista gaúcha ressaltou que há uma demanda por mais saúde e também por mais gourmetização dos alimentos


Especialista gaúcha ressaltou que há uma demanda por mais saúde e também por mais gourmetização dos alimentos

“Os consumidores evoluíram muito nos últimos anos graças, especialmente, acesso à internet, ao fluxo contínuo de informações digitais e à maior conectividade entre as pessoas. As exigências por qualidade são cada vez maiores e a cadeia da carne precisa estar preparada para isso. Já temos no país sistemas inteligentes de monitoramento da produção e identificação dos animais e a tendência é que isso chegue às gôndolas”, afirmou a professora doutora Marcia Dutra de Barcellos, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na 9ª Interconf, abordando as tendências para o consumo de carne bovina no Brasil e no mundo.

Márcia informa que os consumidores de mercados mais exigentes exigem informações detalhadas sobre origem, ambiente, bem-estar animal e as pessoas que trabalham no campo. Como exemplo, ela cita o mercado australiano. “A Austrália tem um dos melhores sistemas de classificação de carcaças bovinas do mundo, o Meat Standards Australia, que garante a qualidade de cada corte vendido. No último ano, foram classificadas 3,5 milhões de cabeças de mais de 42 mil produtores, vendidas para 3.300 pontos de venda. Precisamos avançar nesse sentido no Brasil”.  

A especialista gaúcha ressaltou que há uma demanda evidente por mais saúde e também por mais prazer, por gourmetização dos alimentos. Assim, ela destacou que a carne bovina tem tudo para ocupar estes espaços, com produtos diferentes em termos de produção. “Precisamos de mais pesquisas para saber as preferências, hábitos e atributos mais valorizados pelos consumidores. O mundo está mudando rápido e outras fontes de proteínas estão surgindo. O peso do impacto ambiental e questões de bem-estar animal e social também devem ser levadas em conta. Precisamos estar em sintonia com as tendências e movimentos que sinalizam mudanças a frente. Ciência e conhecimento são as chaves do sucesso”, diz Márcia.

O painel de tendências do consumo de carne bovina contou, também, com apresentação de Raquele Rabelo, diretora da agência Lew´Lara TWBA, apresentando o case de criação e fortalecimento da marca Fribol, e Fábio Gregol, CEO do restaurante Toro Parrilla, de Brasília, que falou sobre hábitos de consumo para carnes especiais, com destaque aos tópicos necessários para que a carne brasileira tenha alto padrão de qualidade.

“Fizemos pesquisa para entender que a carne é um produto que tanto a mulher quanto o homem não abrem mão. Não se constrói uma marca do dia para a noite. O trabalho com Tony Ramos, por exemplo, já entra ano quarto ano. Além disso, criamos a plataforma digital Academia da Carne Friboi que nos ajudou a mostrar um outro lado da marca”, contou Raquele Rabelo.

“Restaurante não vende carne; vende atenção. Invisto meu tempo em entender os hábitos dos consumidores para oferecer o melhor serviço. E isso inclui a qualidade da carne. Meus clientes valorizam muito aparência, suculência e sabor da carne. É isso que preciso oferecer a eles”, fala Gregol. 

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