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Pesquisador do IEA analisa a curva futura das cotações do café

Contratos de café arábica (segunda posição) exibiram tendência de alta


Em agosto, os mercados de juros e dólar futuros na BM&F-Bovespa tiveram variações insuficientes para modificar a trajetória das cotações do café, informa o Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. A conjuntura permanece pautada por forte incerteza entre os operadores do mercado quanto à ocorrência de eventual déficit no suprimento global para o período 2015/16, decorrente da prolongada anomalia climática que incide sobre os principais cinturões produtivos do país. Esse fenômeno climático conduziu o mercado de café para condição bastante adversa em que seus principais operadores se expõem a acentuado risco. 

Na Bolsa de Nova York, os contratos de café arábica (segunda posição) exibiram tendência de alta, porém, com dois momentos distintos, pois, enquanto as médias semanais para a primeira, segunda e terceira semanas foram declinantes, houve mudança de patamar para as cotações a partir da quarta do mês. 

“A média de preços recebidos pelos cafeicultores em agosto de 2014 na região de Franca, Estado de São Paulo (principal polo da cafeicultura paulista), foi de R$425,59/sc., segundo dados do IEA/CATI, representando incremento de 11,43% frente ao registrado no mês anterior” afirmam Celso Vegro, pesquisador do IEA e Félix Schouchana, consultor de Mercados Futuros. Convertendo-se para real, a cotação registrada na quarta semana do mês para a posição de março de 2015 alcança-se o valor de R$618,26/sc., ou seja, diferença de R$192,67/sc. frente à cotação praticada no mercado francano. Tal diferencial é suficientemente elevado para que legitime a estratégia de contratação do hedge para parcela da mercadoria produzida. 

Na Bolsa de Londres, acompanhando a aceleração nas cotações de arábica, a média dos contratos futuros de café robusta mudou de patamar na última semana do mês, ou seja, ainda mais expressiva que aquela exibida pelo arábica. 

O contexto de elevada incerteza ainda domina a formação dos preços do arábica e do robusta. Esse tipo de conjuntura de mercado tanto atrai uns (de menor aversão ao risco) quanto afasta outros investidores (de maior aversão ao risco). Com a safra 2015/16 de arábica recém-iniciada no país, torna-se possível estabelecer estratégia comercial favorável à captura de rentabilidade para a atividade. 

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