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PIB agro sobe 0,2% e setor deve continuar no positivo em 2014

O agronegócio foi o único segmento que apresentou variação positiva



A colheita das culturas de inverno no segundo semestre e o desempenho das carnes são fatores que devem contribuir para a continuidade das taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária ao longo de 2014, que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), subiu 0,2% no segundo trimestre do ano e permaneceu estável em relação ao resultado do mesmo período em 2013, ao atingir R$ 82,5 bilhões.

O agronegócio foi o único segmento que apresentou variação positiva no período, quando o PIB total do País caiu 0,6%.

"Esse resultado pode ser explicado pelo desempenho de alguns produtos que possuem safra relevante no trimestre e pela produtividade. Entre os produtos que registraram crescimento na estimativa de produção anual, destacam-se: soja (6,0%), arroz (4,4%), mandioca (10,4%) e algodão (25,4%). Por outro lado, milho e café apresentaram variações negativas na estimativa de produção anual: recuo de 4,4% e 6,5%, respectivamente", relata o IBGE.

Entretanto, especialistas do setor ainda apostam no desempenho do café no mercado externo, apesar da queda na safra brasileira por problemas climáticos.

"Os preços internacionais do café em alta podem compensar a queda da produção nesta safra, ocasionada pela seca", avalia o coordenador do departamento econômico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Renato Conchon.

No caso da pecuária de corte, os frigoríficos têm pago mais pelos animais prontos devido à limitada oferta de bovinos para o abate.

O mercado externo também está aquecido. As vendas de carne bovina aumentaram 16,7% no período de janeiro a julho de 2014, US$ 3,3 bilhões em negócios, na comparação com 2013.

A expectativa é de manutenção do ritmo de venda, especialmente em função da decisão da China de retirar o embargo imposto ao Brasil e da abertura de novas plantas para suínos e aves na Rússia, após a proibição russa da compra de produtos agropecuários de países como Estados Unidos.

Para o terceiro trimestre deste ano, a economista e sócia da consultoria Tendências, Amaryllis Romano, prevê que o desempenho será "muito parecido" ao observado agora. Para ela, o efeito positivo da safra de grãos deu espaço aos cultivos de café e cana-de-açúcar, prejudicados fortemente pela estiagem.

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