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Quebra do milho argentino beneficia exportadores no Brasil

Preços líquidos de venda externa se igualam ao mercado interno


A Argentina é o terceiro maior exportador mundial de milho, com 25,5 milhões de toneladas (MT), atrás apenas dos EUA (52,07MT) e Brasil (35MT). “Por isso, qualquer vácuo na produção do país poderá beneficiar a demanda dos outros exportadores, especialmente o Brasil, cuja janela de embarques coincide com a do país ‘hermano’. E os preços líquidos da exportação no Brasil estão se igualando aos do mercado interno”, aponta a T&F Consultoria Agroeconômica.

“Por isso, é importante saber que a Argentina já reduziu a sua safra de milho da safra atual em 2,0 MT em relação à última estimativa, passando de 41MT para 39MT e 3 MT em relação à produção da safra anterior, quando produziu 43MT”, explica o analista Luiz Fernando Pacheco.

De acordo com ele, a safra argentina de milho está sofrendo o mesmo drama climático que a soja (até mais, segundo um Crop Tour feito essa semana): “Grande parte dos lotes de milho semeados mais cedo continuam na fase de enchimento de grãos, sob reservas hídricas irregulares, que afetam seus potenciais de rendimento em regiões com um grande peso produtivo, como os Núcleos Norte e Sul. Com isto, a nova projeção de produção de milho de grão comercial para a safra 2017/18 é de 39 MTn, cerca de 5 % a menos que a estimada durante o ano passado, cuja primeira estimativa foi de 41 MT e contra a produção da safra 2016/17, de 43MT”.

CLIMA

O modelo climático norte-americano de previsões (GFS) traz leituras bastante similares nos próximos 5 dias, para o Brasil e Argentina. Um padrão de chuvas abaixo da média continua sendo projetado para a Argentina, agora com temperaturas se elevando, no mesmo período. Alguns sucintos eventos pluviométricos são projetados para o começo da próxima semana na Argentina, no entanto os totais não ultrapassam os 13mm, com uma cobertura inferior aos 50% da área sojicultora. 

“No atual momento, mais de 80% da safra argentina enfrenta um cenário de umidade do solo em níveis baixos ou muito baixos. No Brasil, o período de estiagens sobre o Centro-Leste ainda é projetado, com a volta das chuvas a partir do dia 18 de fevereiro. Os estados de Minas Gerais, oeste da Bahia, Goiás, sul do Tocantins e leste do Mato Grosso são os afetados por este evento climático”, comenta a AgResource. 

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