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RS: Produção de erva-mate agrega renda no interior de Vale do Sol

A produção de erva-mate fortalece a agricultura familiar de Vale do Sol


A produção de erva-mate fortalece a agricultura familiar de Vale do Sol. Hoje, o município produz em média 400 quilos de erva-mate por mês. Os agricultores são assessorados pelo Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (CAPA), através de um convênio firmado com a Prefeitura Municipal. A produção é toda comercializada pela Cooperativa Regional de Agricultores Familiares e Ecologistas (Ecovale), da qual eles fazem parte.

A erva-mate é uma planta nativa comum na região serrana do Município. Antes dos anos 90, os agricultores colhiam e vendiam para grandes empresas. Desde 1993, eles resolveram fazer o beneficiamento por conta própria. Hoje, uma vez por mês, a Unidade de Beneficiamento da Erva-mate faz o processamento. Neste dia, os agricultores associados levam a erva para a propriedade de Élio Bringmann, onde se localiza o maquinário. Segundo Bringmann, a estrutura tem capacidade para beneficiar 300 kg de erva verde por hora.

O agricultor Romeu Parnow, de Alto Quilombo, tem em sua propriedade cerca de 4,5 mil plantas. Parnow foi um os primeiros agricultores a ser assessorados pelo Capa. Ele conta que o trabalho da entidade é bastante complexo, ao propagar ideais de agroecologia. Conforme Parnow, o uso de agrotóxicos é cultural, e esse talvez seja um dos motivos pelos quais a associação ainda não tem número expressivo de associados. Mas Parnow destaca a importância desse trabalho, que mais tarde, trará reflexos na saúde das pessoas. “Se não fosse o Capa, nós não teríamos buscado o processamento e a legalização da erva-mate que hoje estamos comercializando”, explica.

O presidente da Cooperativa, Sighardt Hermany, avalia esse trabalho. “Os agricultores tem em mãos um produto natural. Eles perceberam que havia potencial de aproveitamento e paralelo a produção de tabaco, investiram no processamento da erva mate”. Hermany comenta que, para mostrar o cooperativismo entre eles, a erva-mate de Vale do Sol é chamada de Jopói. O nome tem origem guarani, expressão que significa “a gente se ajuda” e vem ao encontro dos ideais propagados pela entidade.

Para os próximos anos, a cooperativa projeta avanços, para agregar valor e fortalecer a produção local. O engenheiro agrônomo, Luiz Rogério Boemeke, explica que a entidade está adquirindo uma embaladora a vácuo, para garantir mais qualidade ao produto. Esse equipamento retira o oxigênio da embalagem, o que permite melhor conservação e prazo de validade maior.

Além disso, a cooperativa também vislumbra a certificação de que a erva-mate local é livre de agrotóxicos, portanto um produto orgânico. Embora os agricultores já trabalhem com esse olhar, a embalagem ainda precisa do selo. Por isso, os técnicos vão intensificar esse trabalho, para que todas as propriedades estejam aptas a receber a certificação. Conforme o secretário de Agricultura, Walmor Diehl, essa parceria, é importante para os agricultores, no sentido de criar alternativas de renda e incentivar uma vida mais saudável.

O prefeito, Clécio Halmenschlager garantiu o apoio da administração municipal no processo de certificação. “Acreditamos que a produção orgânica é um mercado diferenciado, que vai agregar valor a erva-mate. Quem aproveitar essa onda, de produzir alimentos e erva-mate livre de agrotóxicos, preservando a saúde do consumidor, vai se tornar um empresário na agricultura”, enfatizou.

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