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RS: Produtores de tabaco têm tarde de conscientização em Paraíso do Sul

7º Ciclo de Conscientização


Com quase 1,3 mil produtores de tabaco, o município de Paraíso do Sul, na região central do Rio Grande do Sul, abriu o 7º Ciclo de Conscientização sobre saúde e segurança do produtor e proteção da criança e do adolescente, promovido pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco). O evento realizado nesta terça-feira, 28 de julho, reuniu 400 pessoas. 

Iro Schünke, presidente do SindiTabaco, enfatizou a importância do trabalho realizado pelo setor para a erradicação do trabalho infantil e para a prevenção da saúde e proteção do meio ambiente. Segundo Schünke, o produtor precisa se conscientizar que o uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI) e da vestimenta de colheita não é apenas um requisito de produção sustentável, mas um modo de proteger a sua própria saúde e da sua família. "Ainda que o tabaco seja a cultura comercial que menos utiliza agrotóxicos, o produtor precisa estar atento às orientações", recomenda. 

A programação contou com o apoio das empresas associadas e da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), representada pelo vice-presidente, Marco Dornelles. O prefeito de Paraíso do Sul, Elmo Ivo Schmengler, saudou os participantes e falou da importância do setor. "Nosso município possui 7,4 mil habitantes e a maior atividade agrícola é o tabaco, seguido do arroz, soja e milho. Sabemos que o Estado e o governo federal passam dificuldades, para os municípios não é diferente. Se não tivéssemos os produtores de tabaco e o retorno de impostos que traz, estaríamos em situação pior", afirmou. 

Saúde e segurança do produtor
• Somente utilizar agrotóxicos registrados, de acordo com a receita agronômica;
• Manter o pulverizador em perfeitas condições de uso e sem vazamentos;
• Durante o manuseio e aplicação de agrotóxicos, sempre utilizar o EPI;
• Não permitir a aplicação de agrotóxicos por menores de 18 anos, idosos e gestantes;
• Armazenar os agrotóxicos em armário feito de material resistente, chaveado e destinado somente para esse fim, com acesso restrito a trabalhadores orientados a manuseá-los;
• Não reutilizar embalagens vazias de agrotóxicos para qualquer fim;
• Realizar a tríplice lavagem da embalagem vazia de agrotóxico, utilizando o EPI;
• Sinalizar áreas récem-tratadas com agrotóxicos com placa específica para este fim;
• Usar sempre luvas impermeáveis e vestimenta específica para a colheita;
• Evitar colher o tabaco quando as folhas estiverem molhadas pela chuva ou orvalho;
• Dar preferência aos horários menos quentes do dia para a colheita do tabaco.

Proteção da criança e do adolescente
Seguindo recomendações da OIT, o Brasil regulamentou por meio do decreto 6481/2008 duas convenções internacionais, colocando o tabaco na lista de formas de trabalho proibidas para menores de 18 anos. O advogado, procurador do Trabalho aposentado pela Procuradoria do Trabalho de Santo Ângelo (MPT/PRT 4ª Região), Dr. Veloir Dirceu Fürst palestrou sobre o tema. Segundo ele, o trabalho infantil se caracteriza ao utilizar crianças ou adolescentes para substituir a mão de obra adulta necessária. 

"Se a criança apenas acompanha os pais e ajuda em pequenas e esporádicas atividades, não caracteriza trabalho infantil. Muitos pais costumam argumentar dizendo que o filho precisa aprender. Se os pais ensinam a atividade, não é trabalho infantil; mas se o trabalho da criança ou adolescente é necessário sempre, privando-a de educação ou de momentos de lazer; isso se caracteriza exploração de mão de obra infantil", esclareceu.

"Foi excelente o resultado obtido pelo setor do tabaco, foi uma evolução muito grande na erradicação do trabalho infantil. Enquanto a agricultura convencional tem uma incidência de 47% de mão de obra infantil, no setor do tabaco é de 6%", aponta. De acordo com o último censo do IBGE (2010), foi na produção de tabaco nas pequenas propriedades o maior índice de redução do trabalho infantil no País, em comparação com dados do penúltimo censo, realizado no ano 2000.

O tom mais lúdico do evento ficou por conta da peça teatral Rádio Fascinação, encenada pelo grupo santa-cruzense Espaço Camarim. 

Próximos eventos

Sinimbu
29 de julho (quarta-feira)
Salão Comunitário da Paróquia Nossa Senhora da Glória
Avenida General Flores da Cunha, 280 - Centro

Barão do Triunfo
30 de julho (quinta-feira)
Salão Paroquial Nossa Senhora do Rosário
Rua Cônego Guilherme José Wiest, 295 - Centro

Sobre o ciclo- O 7º Ciclo de Conscientização atende aos termos dos acordos firmados perante o MPT-RS e MPT-Brasília, e faz parte das ações de responsabilidade social que o setor de tabaco desempenha há muitos anos, envolvendo produtores de tabaco da Região Sul do Brasil. Em seis edições, o Ciclo de Conscientização reuniu mais de 15 mil pessoas, em 38 municípios da Região Sul do País. A agenda do 7º Ciclo continua nesta semana, com eventos em Sinimbu (29/7) e Barão do Triunfo (30/7), no Rio Grande do Sul. Em setembro, os seminários acontecem em Santa Catarina e no Paraná.                       

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