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Setor de floriculturas cresce, mas exige produtos diferenciados

Lojas ampliam espaços, investem em atendimento e serviços


O mercado de floriculturas é um setor crescente a taxas de 10% a 25% ao ano. No entanto, para sustentar isso o segmento exige profissionalização e produtos diferenciados. Para conquistar o consumidor, as lojas têm investido em atendimento, ampliações e até assinatura mensal que entrega flores toda semana em residências ou em empresas. Há quem aposte até na criação de espaços de lazer para os clientes como cafés e em adegas para ajudar a compor os arranjos com vinhos.

De acordo com informações do Sindicato do Comércio Varejista de Flores e Plantas Naturais de Curitiba e Região Metropolitana (Sindiplan), o Paraná conta hoje com 3 mil floriculturas, sendo 700 em Curitiba e Região Metropolitana. As datas de maiores vendas do setor, como é tradição, têm sido Dia das Mães, dos Namorados, da Mulher e da Secretária.

Aproveitando o clima de primavera, a Esalflores inaugurou no último dia 22 a ampliação da loja que é a maior do Sul do País. A loja passou de 2.500 m² para 3 mil m². "Devemos aumentar em 20% a 30% o faturamento em 2014 em função da reformulação da fachada", disse o diretor geral da loja, Bruno José Esperança.

Para ele, o que tem impulsionado o setor também é a tendência das pessoas quererem se aproximar cada vez mais da natureza. "Ter uma planta ou uma pequena horta em casa tem sido uma forma de reduzir o estresse", disse. Segundo ele, em um espaço de 30 centímetros é possível criar uma pequena horta. Esperança disse que os consumidores têm buscado isso para ter bem-estar e poder ter acesso a alimentos sem agrotóxicos.

Segundo ele, a Esal tem investido em flores como presentes que trazem junto vinho, urso de pelúcia ou chocolate. A loja ainda disponibiliza um serviço de "assinatura" de flores, com custo a partir de R$ 30 por semana, e que já tem 50 clientes fixos. "Não sobrevive a floricultura que não agregar valor. A pessoa tem que comprar um presente e não só a flor", destacou.

Junto com a mudança física, a loja ampliou o quadro de funcionários de 45 para 55. A Esal abriu ainda um café na loja com produtos da culinária holandesa e uma adega com 100 rótulos de vinhos para montagem de arranjos. As rosas respondem por 35% do faturamento da floricultura e por 5% do faturamento do grupo que conta ainda com um garden center (plantas para jardim, vasos e horta) e com uma loja de pet.

De acordo com ele, de 30% a 40% das vendas são alavancadas pelo site. De tudo que é vendido na loja 50% vêm de produção de Curitiba e Região, Ponta Grossa, Castro e Guarapuava. Flores como rosa, lírio, gérbera, lisianthus e flores em galho vêm de Holambra (SP).

O presidente do Sindiplan, Francisco Macedo Machado, que está há 34 anos no ramo, disse que hoje as floriculturas sofrem muito com a concorrência dos supermercados que também comercializam flores. "Tudo depende do trabalho da floricultura. Se for bom, vende. A loja tem que procurar o cliente e ter produtos diferenciados", recomendou. Ele acredita que é um mercado crescente, mas depende de oferecer qualidade para os clientes.

Consumo
"Sempre que posso compro flores. Sou apaixonada por mini rosa, mas também gosto de orquídea e rosas’’, conta a psicóloga Delma de Paula Souza. Ela disse que sempre tem flores em casa e também gosta de presentear com flor, principalmente a sogra Camila Acosta de Jesus que também compartilha do mesmo hobby.

A cuidadora de idosos Aparecida Fagundes geralmente compra mudas para horta e flores e vai à floricultura ao menos uma vez por semana. Ela compra rúcula, alface (roxa, crespa e americana), cebolinha e alecrim e montou a horta em casa em vasos. Também gosta de orquídeas. Aparecida conta que gasta cerca de R$ 150 por mês na floricultura. "Essas plantas e flores alegram o dia", afirmou.

 

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