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Vinhos, espumantes e sucos têm caído no gosto do brasileiro

Rio Grande do Sul é líder isolado na produção de vinhos no País


O segmento de sucos, espumantes e vinhos tem ampliado espaço no gosto do brasileiro. É o que mostram os recentes dados de comercialização dos produtos. Segundo o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), no ano passado o segmento atingiu crescimento de 9%, em especial os sucos de uva, que tiveram o maior crescimento. Mesmo diante da retração da economia, o presidente do Ibravin, Moacir Mazzarollo, acredita que será possível repetir o resultado neste ano. 

Para avançar no mercado brasileiro, Mazzarollo aponta dois desafios em relação ao público consumidor. Um deles é conseguir divulgar a qualidade do vinho nacional, na comparação com os produtos internacionais. “Ainda há uma cultura de que o importado é melhor. Porém, temos produtos de alta qualidade, inclusive reconhecidos internacionalmente”, afirma. 

Outra meta é popularizar o consumo da bebida. Pesquisas apontam que o brasileiro consome 2 litros de vinho por ano. A quantidade é mínima, se comparada ao fato de que cada pessoa bebe em média 50 litros de cerveja e seis de cachaça ao ano. “Acredito que o consumo aumentou mais, em especial nos últimos anos. Mas ainda enfrentamos resistências. Porém, as novas gerações já se mostram mais abertas”, avalia. 

Neste sentido, o Ibravin tem realizado vários projetos para promover a divulgação do vinho nacional. Um deles é o Qualidade na Taça, que qualifica o serviço de vinhos com o treinamento de garçons e proprietários de bares e restaurantes do país. Outra iniciativa é o Vinhos Brasileiros Premiados, que busca expandir a presença de vinhos brasileiros nas redes de supermercados. Este tipo de estabelecimento é importante, uma vez que concentra 80% da venda no Brasil.

Negócios vão crescer 20% 

A programação alusiva às comemorações do Dia do Vinho, celebrado em 7 de junho, já começou e reúne quase 250 estabelecimentos. Segundo a Ibravin, um dos grandes diferenciais neste ano foi a organização de um calendário de duas semanas. Com isso, as cidades e os estabelecimentos puderam se organizar melhor. Por exemplo, hotéis e restaurantes elaboraram pacotes especiais e incluíram atividades complementares, como trilhas e degustações.
O clima é de tanto otimismo que a expectativa é de que haja 20% de aumento nos negócios durante as duas semanas. Segundo o presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Região Uva e Vinho (SHRBS), João Leidens, uma das vantagens é que a uva permeia a cultura local. “Ela está presente em quase tudo. Buscamos oferecer uma programação diferenciada, de maneira que o visitante possa, além de degustar um bom vinho, também conhecer e ter uma vivência diferenciada na região serrana”, explica. 

Neste sentido, ele destaca o potencial turístico da região, uma vez que as cidades são próximas, permitindo aos visitantes participar de diferentes atividades. “Oportunidades não faltam para todos os tipos de público”, ressalta. E o calendário neste ano deu uma colaboração a mais. Como há o feriado de Corpus Christi, no dia 4 de junho, a procura é grande por reservas nos hotéis da região nesta época. A orientação do sindicato é para que aqueles que estão pensando em curtir os dias de folga nas cidades participantes busquem se antecipar. 

E para agradar ainda mais os clientes, promoções não faltam. Os hotéis e restaurantes, assim como as vinícolas, estão oferecendo promoções e descontos especiais, que chegam até 30%. Muitos estabelecimentos programaram jantares harmonizados e cursos de degustação. 

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