Dicamba: Basf diz que produtores não perderam produtividade
Na soja, maioria dos produtores que reclamaram de danos não perderam rendimento
O herbicida acusado de danificar milhões de hectares de lavouras nos Estados Unidos não teria reduzido a produtividade na maioria dos campos de soja verificados pela multinacional Basf, que fabrica uma das versões do herbicida Dicamba. A empresa fez um comunicado oficial sobre o assunto nesta sexta-feira (17.11).
A Basf, que é a terceira maior produtor de químicos agrícolas, investigou 787 reclamações envolvendo soja que mostraram os sinais de danos ligados às aplicações do herbicida que contém o dicamba, informou a própria empresa. Na maior parte dos casos, não houve impacto na produtividade. A companhia não especificou a produtividade média nos locais pesquisados.
“Em poucos casos isolados, a produtividade foi afetada”, disse a Basf.
Produtores, agências governamentais de regulamentação e companhias de seguro estavam esperando uma avaliação de produtividade nas lavouras afetadas pelo herbicida Dicamba, uma vez que os sinais de danos começaram a aparecer no Verão do Hemisfério Norte.
Os Estados Unidos tem sofrido com uma séria crise no mercado de herbicida com a acusação de que as novas formulações de Dicamba danificam lavouras próximas durante as aplicações. Produtores e cientistas dizem que o herbicida vaporiza e pode danificar a soja, a Basf e a Monsanto negam que isso aconteça se as aplicações forem feitas de maneira correta.
Em todo o país, 1,4 milhão de hectares sofreram danos do Dicamba e foram lançadas 2708 pesquisas sobre os efeitos relacionados, segundo dados compilados pela Universidade do Missouri.
A agência Reuters encontrou o produtor do Arkansas Reed Storey, que teve uma perda de produtividade de 15% na soja, em função da vaporização. “Dá muito irritação quando não se chega a produtividade máxima”, reclamou o produtor.