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Baculovírus reduz gastos com inseticidas tradicionais em 20%

Produto foi utilizado, principalmente, no manejo da resistência


A utilização de baculovírus para o controle da lagarta na soja e no algodão pode reduzir despesas com inseticidas tradicionais em cerca de 20%, segundo informou o diretor da AgBiTech América Latina, Adriano Vilas-Boas. Além disso, ele indicou também que esses biológicos foram empregados no tratamento de mais de 250 mil hectares de soja e, no algodão, devem chegar a 260 mil hectares.  

“Entre pequenas, médias e grandes propriedades, chegamos a 200 áreas comerciais acompanhadas na safra 2018-19. O índice de aprovação aos produtos, por parte de agricultores, ficou acima de 80%”, disse ele, comemorando o resultado explanado pelos agricultores. 

De acordo com Vilas-Boas, os baculovírus foram utilizados pelos sojicultores, principalmente, para efetuar o manejo da resistência com mais qualidade e eficiência. Para pesquisador da Fundação Chapadão (MS), Germison Tomquelski, essas alternativas biológicas tiveram êxito quando aplicados isoladamente e também nos programas em que houve rotação com inseticidas químicos. 

“Observamos em lavouras experimentais e em grandes áreas de soja que os vírus são de fato bons inseticidas. Estes produtos controlaram com eficiência às lagartas Helicoverpa, Chrysodeixis eSpodopteras. Trata-se de produtos com menor impacto no meio ambiente, seletivos a inimigos naturais de pragas importantes das lavouras e que permitem reduções nos custos do produtor”, comenta. 

Segundo o pesquisador Márcio Fernandes Peixoto, consultor e professor aposentado do Instituto Federal Goiano, um ponto relevante da utilização dessa tecnologia é a permanência de vírus nas lavouras após a morte de lagartas, efeito resultante do modo de ação dos produtos biológicos da AgBiTech, por exemplo. “A ocorrência da autoinfecão prolonga o período de controle de lagartas e ajuda a reduzir custos”, afirma Peixoto. 

Para finalizar, Vilas-Boas relembra que os produtos da AgBiTech baseados em baculovírus são resultado de um investimento que começou já em 2014, sendo que foram realizados mais de 200 experimentos de larga escala até hoje. “Graças a esse modelo, obtivemos sucesso na primeira safra comercial e já identificamos uma forte tendência de o produtor incorporar os baculovírus aos programas de controle de pragas nos próximos ciclos”, finaliza. 

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