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Conheça os 5 princípios da “agricultura regenerativa”

“Através da saúde do solo e biodiversidade restabelecida, melhorar a rentabilidade"


Foto: Divulgação

“A adoção de um modelo agropecuário regenerativo, para construir novamente a fertilidade natural dos solos brasileiros perdida em diversas propriedades através de agricultura e pecuária convencional desempenhada ao longo dos anos pode reduzir a dependência dos sistemas de produção em fertilizantes sintéticos e defensivos”. A afirmação é do engenheiro agrônomo Paulo Ramalho.

De acordo com ele, que é coordenador de Desenvolvimento Tecnológico da Barenbrug do Brasil, é possível “através da saúde do solo e biodiversidade restabelecida, melhorar a rentabilidade dos hectares”. O especialista aponta os “cinco princípios da agricultura regenerativa”, que através do solo saudável conta com plantas e animais saudáveis, e sobretudo humanos saudáveis, para sempre ter-se como direção nas decisões sobre as atividades agropecuárias:

    1. Limitar distúrbios no solo: reduzir aração, gradagens e demais operações pelas quais realiza-se o revolvimento do solo;
    2. Proteger a superfície do solo: através de plantas e seus resíduos, manter o solo coberto;
    3. Construir diversidade: através de rotação de culturas e culturas de cobertura;
    4. Manter raízes vivas no solo: fotossíntese presente durante todo o ano;
    5. Integre animais: podem ser utilizadas diversas espécies.

“A rotação de culturas, os sistemas de cultivo mínimo e o plantio direto hoje são tecnologias dominadas e com benefícios consolidados, sendo estes a melhoria da estrutura física do solo com superior infiltração e retenção de água, proteção contra altas temperaturas e veranicos, menor escorrimento superficial da água e menor perda de solo, mesmo que por ventos (erosão eólica), redução de problemas com espécies invasoras, ciclagem de nutrientes e incremento de teor de matéria orgânica no solo”, afirma Ramalho. 

De acordo com ele, já na última década a integração da produção de grãos com pecuária e com produção de madeira (em consórcio de longo prazo com espécies florestais cultivadas) acena também como opção para incremento de resultado financeiro. Além disso, contribui para a diversificação, mas os benefícios adicionais ainda não tão evidentes e comprovados ao produtor. No entanto, “a rota para um sistema agropecuário mais produtivo e sustentável está correta!”, conclui. 

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