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Consumidor paga mais pelo orgânico

"isso não seria um problema para inibir o consumo”, diz SNA


Com um crescimento de quase 100% na área cultivada nos últimos quatro anos, a produção de orgânicos no Brasil chegou a 1,1 milhão de hectares em 2017, revelam dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). De acordo com a Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), o consumidor está, inclusive, disposto a pagar mais caro por itens produzidos nesse sistema.

“Embora os orgânicos tenham valor um pouco acima dos produtos convencionais, isso não seria um problema para inibir o consumo”, afirma Sylvia Wachsner, coordenadora dos projetos de agricultura orgânica e sustentabilidade da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) e membro da Câmara Temática de Agricultura Orgânica do Mapa e da Academia Nacional de Agricultura.

Segundo a especialista, o preço poderia ser até 30% maior, e mesmo assim seria absorvido pelo público cativo. Mesmo assim, ela aponta que “produtos como tomate e alface, que já têm culturas orgânicas bem desenvolvidas, com grandes áreas de cultivo e práticas de manejo bem conhecidas, já estão com preços de mercado que competem com o valor dos convencionais”.

A coordenadora da SNA afirma que essa demanda já estimula o interesse de produtores rurais em apostar na agricultura orgânica: “Isso não é moda e sim uma tendência, não só no Brasil como no mundo todo. Além da busca pela saúde, há também a preocupação com a produção sustentável, respeitando o meio ambiente”.

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