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Defensivo pode custar 8 vezes mais no Brasil que China/Índia

"Insumo mais barato não é subsídio, é competitividade”, afirma Flavio Hirata, da AllierBrasil


“Os produtos [agroquímicos] comercializados no Brasil por um ou até três distribuidores geralmente têm seus preços muito acima dos praticados na China e na Índia. Há casos em que a diferença de preço pode chegar a 8 vezes. Insumo mais barato não é subsídio, é competitividade”. A afirmação é de Flavio Hirata, da Consultoria AllierBrasil.

Ele conta que realiza periodicamente pesquisas de preços de defensivos agrícolas na China e é fácil constatar que os preços praticados no Brasil podem ser mais baratos se houver mais opções. “Maior oferta de produtos proporciona mais competitividade ao produtor rural, que briga na oferta de commodities no mercado mundial. Não basta ter somente tecnologia, bons solos, condições climáticas favoráveis, escala. É fundamental ter insumos disponíveis e com preços comparáveis aos praticados lá fora”, justifica.

Para se atingir esse objetivo, a AllierBrasil realiza eventos como o 10° Brasil AgrochemShow, que tem o objetivo de desenvolver parcerias entre empresas estrangeiras e locais no setor de defensivos agrícolas. Também facilita a aproximação do fornecedor ao potencial cliente de produtos e serviços e leva conhecimento de mercado, perspectivas e registro de produtos através de palestras.

“As potenciais parcerias comerciais e de registro podem resultar numa maior oferta de produtos e com a mesma qualidade que os disponíveis no mercado. Deve-se levar em conta; porém, que para trazer um defensivo agrícola para o Brasil, antes é necessário o seu registro, que pode demorar entre 5 a 10 anos”, lembra Hirata.

O especialista aponta muitas perspectivas para o futuro desse setor: “Existe uma grande procura por empresas de defensivos para formação de joint-venture ou aquisição. Isto inclui empresas que tenham registros de produtos e revendas. No ramo de produtos biológicos há uma corrida mundial para identificar organismos mais eficientes que os produtos químicos”. 

Ele destaca que outra tendência importante é a inovação. “O mercado está muito aberto para inovações. Isto; porém, não vem do dia para a noite. Demanda muita pesquisa, profundo conhecimento de mercado e uma visão de futuro muito ampla. Os futuros líderes de mercado já estão apostando nesta corrida”, conclui. Confira mais informações sobre o evento AQUI.

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