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Empresas latinas descumprem contratos por causa da China

Chineses atrasam ou cancelam entregas de ingredientes ativos


As inspeções ambientais na China levaram à escassez de produtos intermediários para a produção de agroquímicos e uma disparada de preços. A situação provocou uma baixa na fabricação de defensivos agrícolas que também afetou a entrega de pedidos já realizados.

Segundo levantamento do site Agropages, empresas estrangeiras que dependem de compras da China não puderam cumprir com seus contratos devido ao cancelamento ou atraso dos pedidos a fornecedores chineses. Prejudicados por uma rápida “tempestade ambiental”, os chineses diminuíram a produção de pesticidas e a indústria global ficou sem os ingredientes ativos.

Um dos maiores afetados foram empresas latino-americanas. A campanha de inspeções ambientais do governo chinês começou na segunda metade de 2016. Uma das prejudicadas é a Anasac,  uma empresa chilena que compra pesticidas técnicos da China para produzir defensivos no Chile, na Argentina e mesmo na China, com o objetivos de vende em todo o mercado latino-americano.

“Desde a segunda metade do ano passado, a questão de oferta de produtos ficou crítica. Muitas fábricas não conseguiram fazer as entregas que se comprometeram, afetando nossa resposta para servir aos nossos clientes e mesmo em alguns casos prevenindo de chegar aos nossos acordos com eles”, disse Daniel Traverso da Anasac International e diretor da Anasac Colombia.

German Pessagno, gerente operacional da Chemtec SAE, um importador que está radicado no Paraguai, revelou que já teve dificuldades iniciais e, se a situação persistir, “teremos muito mais dificuldades”. “No ano passado, não podemos cumprir com todas as entregas. Alguns contratos foram cancelados pelos próprios clientes e alguns cancelaram tarde demais”, afirmou Pessagno.

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