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Importação de defensivos agrícolas aumenta 36% no ano

Os fungicidas foram os produtos com maior crescimento nas compras externas, com expansão de 60%


As importações brasileiras de agroquímicas aumentaram 36% no primeiro semestre de 2019 na comparação com os seis primeiros meses de 2018. Foram comprados no exterior um total de US$ 1,11 bilhão em defensivos agrícolas. Em volume, o aumento foi de 24%, de acordo com dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Os fungicidas foram os produtos com maior crescimento nas importações, com expansão de nada menos que 60% (em Dólares norte-americanos) sobre o ano anterior. De acordo com o Consórcio Antiferrugem, o aumento ocorre devido ao avanço da ferrugem asiática da soja, que é o maior e pior problema enfrentado pelos produtores rurais brasileiros nessa cultura.

Para se ter uma ideia, os custos anuais para o controle da ferrugem da soja superam os US$ 2,8 bilhões a cada safra. Enquanto na temporada 2003/04 eram feitas 1,5 aplicação, na safra 2017/18 subiu para 3,4 pulverizações.

Segundo o Consórcio Antiferrugem, uma iniciativa da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), essa doença fúngica se espalha rapidamente por todo o país, o que força os sojicultores a aumentarem a quantidade de pulverizações. Outro problema que foi muito relatado nessa cultura é a crescente resistência do fungo aos produtos disponíveis no mercado.

Os maiores gastos dos brasileiros com as importações de fungicidas ocorreram na França, de acordo com a lista da Secex. Outros países como Reino Unido, Alemanha, Índia e Colômbia também estiveram no topo da lista dos principais fornecedores para o Brasil dessa classe de produtos.

Quanto às outras classes de defensivos agrícolas, ouve crescimento de 27% nas importações de herbicidas neste primeiro semestre de 2019, sendo que os Estados Unidos e a Índia foram os principais países fornecedores. Já as compras de inseticidas subiram 32% no ano, somando US$ 519 milhões, sendo que as compras foram majoritárias na China e Estados Unidos.

De acordo com especialistas, essa disparada na importação de defensivos agrícolas este ano se deve a uma reposição de estoques – que estavam muito baixos na temporada anterior. Segundo ele, para melhorar seus balanços, as indústrias elevaram o fornecimento de produtos para as distribuidoras nos últimos anos, deixando o mercado bastante abastecido.

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