Índia avança no mercado agroquímico brasileiro
Brasil despontou como uma nova fronteira para as empresas indianas
A indústria agroquímica da Índia tem passado por uma transformação notável, firmando-se como um ator global de peso. Em 2022, as exportações do setor chegaram a US$ 5,5 bilhões, colocando o país como o segundo maior exportador mundial de agroquímicos, atrás apenas da China. Esse sucesso se deve à capacidade de oferecer produtos genéricos de alta qualidade a preços competitivos, além de investimentos significativos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) para criar soluções inovadoras e sustentáveis.
O crescimento desse setor indiano foi impulsionado por iniciativas governamentais estratégicas e pela inovação das empresas locais. Reformas regulatórias, proteção de direitos de propriedade intelectual e esforços para aumentar a produtividade agrícola ajudaram a consolidar essa evolução. Grandes multinacionais indianas, como a UPL, juntamente com empresas de médio porte, aproveitaram essas condições para expandir sua presença global, atendendo às demandas de diversos mercados internacionais.
Com esse cenário de ascensão, o Brasil despontou como uma nova fronteira para as empresas indianas de agroquímicos. Como um dos maiores produtores agrícolas do mundo, o país representa um mercado promissor, atraindo companhias como Willowood, GSP Crop Science e SML Group, que têm consolidado suas operações no Brasil. Essas empresas estão aproveitando suas capacidades produtivas e portfólios inovadores, mas enfrentam desafios no processo.
Um dos principais obstáculos é o rigoroso ambiente regulatório brasileiro. Saket Sinha, diretor da Willowood no Brasil, explica que o mercado local exige registros complexos e avaliações ambientais rigorosas. Para superar essas barreiras, a Willowood investiu em compreender o mercado e estabelecer relações com os principais stakeholders locais.