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Juiz diminui punição no caso glifosato

Ele afirmou que o júri agiu razoavelmente bem, mas a punição foi excessiva


O juiz distrital dos Estados Unidos, Vince Chhabria, em São Francisco, reduziu uma indenização da Bayer no caso glifosato, onde a empresa detentora da Monsanto devia US$ 80,27 milhões para Edwin Hardeman, da Califórnia. O intuito da Bayer era a realização de um novo julgamento, o juiz, no entanto, negou essa possibilidade, mas reduziu a pena para US$ 25,27 milhões. 

Ele afirmou que o júri agiu razoavelmente bem ao definir essa sentença dizendo que, embora a Monsanto “mereça ser punida”, a indenização maior foi “constitucionalmente inadmissível” porque foi quase 15 vezes o prêmio de indenização compensatória. “A conduta da Monsanto, embora repreensível, não garante uma proporção dessa magnitude, particularmente na ausência de evidência que mostre a ocultação intencional de um risco de segurança conhecido ou óbvio”, escreveu Chhabria. 

Para entender o caso, é preciso saber que Hardeman disse que usou o Roundup por muitos anos, a partir da década de 1980, para tratar o carvalho venenoso e as ervas daninhas em sua propriedade. Ele foi diagnosticado com um linfoma em 2014, mas agora está em remissão. 

Em um comunicado, a Bayer chamou a decisão do juiz de "um passo na direção certa", mas disse que ainda planeja apelar. A companhia ainda disse que o veredito e a indenização “conflitam com o peso da extensa ciência que apoia a segurança do Roundup e as conclusões dos principais reguladores de saúde nos EUA e em todo o mundo de que o glifosato não é carcinogênico”. 

“Estamos contentes que o juiz negou a moção da Monsanto de rejeitar o veredito e reconheceu que a Monsanto merecia ser punida”, disse Jennifer Moore, uma advogada de Hardeman, em uma entrevista. 

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