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Justiça dos EUA baixa multa no caso glifosato

A quantia foi diminuída dos US$ 289 milhões iniciais para US$ 78 milhões, mas cabe recurso


A juíza Suzanne Ramos Bolanos, da Califórnia (Estados Unidos), reduziu consideravelmente uma indenização imposta em primeira instância contra a Monsanto no caso em que o zelador Dewayne Johnson alega ter contraído câncer ao utilizar o herbicida no jardim da escola onde trabalhava. A quantia foi diminuída dos US$ 289 milhões iniciais para US$ 78 milhões – dos quais a Bayer (atual detentora da marca) pretende recorrer tentando a impugnação da decisão tomada em Tribunal do Juri no último mês de Agosto. 

O porta-voz da Bayer afirmou em um comunicado que a decisão de reduzir a indenização foi um “passo na direção certa”, mas que a empresa ainda vai entrar acionar o Tribunal de Recursos da Califórnia. Segundo ele, o veredicto “não foi apoiado pelas evidências apresentadas no julgamento”.

Em seu posicionamento oficial, a Bayer reafirma que os herbicidas à base de glifosato vêm sendo utilizados com “segurança e sucesso há mais de quatro décadas em todo o mundo”. Destaca que o produto é uma “ferramenta valiosa para ajudar os agricultores a praticar agricultura sustentável, reduzindo a aragem do solo, a erosão e as emissões de carbono”, pois possibilita a prática de plantio direto. 

“Existe uma extensa gama de pesquisas sobre o glifosato, incluindo mais de 800 rigorosos estudos de registro exigidos pela EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA), por órgãos reguladores europeus e órgãos reguladores de outros países, que confirmam a segurança desse produto quando usado conforme as instruções”, sustenta a Bayer.

“Particularmente, o maior e mais recente estudo epidemiológico – o estudo independente de 2018 do Instituto Nacional do Câncer (nos EUA), que acompanhou mais de 50.000 aplicadores de pesticidas e foi publicado após a monografia do IARC - não encontrou nenhuma associação entre herbicidas à base de glifosato e o câncer. Além disso, a avaliação de risco pós-IARC de 2017 da agência EPA examinou mais de 100 estudos que o órgão considerou relevantes e concluiu que é improvável que o glifosato seja carcinogênico para humanos”, conclui o comunicado da empresa.

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