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Paraquat não deveria ser banido, diz ex-ministro

Anvisa determinou a banimento do herbicida a partir de 2020


O ex-ministro da Sáude e Agricultura da Guiana Dr Leslie Ramsammy acredita que o Paraquat deve ser estritamente regulamentado, mas não banido por completo. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou que o herbicida não fosse mais comercializado a partir de 2020. 

A principal alegação para a proibição do uso do Paraquat são as comprovações em estudos da Anvisa de que o herbicida é mutagênico e representa um fator de risco para o desenvolvimento do Mal de Parkinson. O ex-ministro afirma que entende os riscos que o defensivo pode trazer e ressalta que sempre lutou pela regulamentação e restrição do químico. "Em minha função anterior como Ministro da Saúde e Ministro da Agricultura na Guiana, eu falava  frequentemente, tanto dentro e fora da Guiana, da necessidade de regulamentação rigorosa do Paraquat", recorda. 

Porém, Ramsammy diz que a proibição não é a melhor solução para o problema, visto que o Paraquat seria substituído por outro produto com características semelhantes porque a agricultura dependeria de um herbicida com efeitos parecidos. "A proibição de um pesticida pode simplesmente resultar em outros pesticidas se tornando armas suicidas, já que há muitos outros pesticidas usados na agricultura que são muito mais tóxicos que o Paraquat", explica. 

A saída ideal, de acordo com o ex-ministro, é a união entre o Governo e as instituições de saúde e agricultura de cada país. Desta forma, todos os três seriam responsáveis por fiscalizar e selecionar quem poderia vender ou comprar o Paraquat, para que nem ele e nem outros defensivos causem problema para a saúde humana. 

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