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Proteína inovadora incrementa produção de café

No primeiro ano de aplicação a produtividade aumentou em 15%


Foto: Pixabay

O Brasil é uma potência do café. A bebida está na história do país, fazendo parte da formação do país. É o maior produtor mundial e o segundo maior consumidor. Há cafezais de Norte a Sul, de grandes a pequenos, arábica, robusta, especiais.

A cultura demanda manejos para que não perca seu potencial produtivo pois tem a bienalidade, produz bem de dois em dois anos. Uma proteína desenvolvida nos Estados Unidos, fruto de duas décadas de pesquisa da Universidade de Cornell, classificada no Brasil como fertilizante orgânico, está obtendo bons resultados no cafeeiro. A Harpin é secretada por bactérias fitopatogênicas e por isso se degrada no ambiente, não causando dano ambiental nem deixando resíduo nos frutos do café porque não penetra na planta.

Os ensaios na safra 19/20 foram realizados em Alfenas (MG) e Taguaí (SP). Em anos anteriores foram avaliadas áreas em Garça (SP). As aplicações são via folha e trazem maior vigor a planta que consegue sobreviver melhor aos estresses como o clima, pragas, doenças e nematoides, por exemplo. 

A aplicação ocorre em três épocas: a primeira no pré-florescimento. Para variedades arábica a proteína não deve ser aplicada próximo ao florescimento. A segunda aplicação deve ser feita na fase chumbinho, no início do desenvolvimento dos grãos. A terceira aplicação se dá 60 dias após a segunda aplicação, para dar suporte ao desenvolvimento dos grãos e a floração da próxima safra. A dose recomendada é de 140 g/ha. “O produto age de maneira sistêmica na planta e apenas 15 minutos após a aplicação já pode chover que o desempenho do produto não será afetado”, destaca Rodrigo Egéa de Miranda, diretor da Plant Health Care Brasil, empresa que trouxe a Harpin ao Brasil.

Os resultados foram promissores. No primeiro ano de aplicação a produtividade aumentou em 15%, com maior porcentagem de grãos maduros na colheita e maior crescimento dos ramos produtivos que irão produzir na safra seguinte. A foto a seguir mostra a comparação. Na testemunha o percentual de frutos maduros foi de 47,7% e na com aplicação chegou a 54,9%.

Miranda destaca que são esperados resultados ainda melhores na safra 20/21. “O crescimento maior de ramos produtivos indica que a planta estava mais vigorosa e pronta para se preparar para produzir mais em 2020/2021. Isto advém do melhor enraizamento e da fisiologia estimulada. Com isso a planta faz mais fotossíntese, absorve mais nutrientes e, por consequência, produz mais e melhor”, destaca.

Nas imagens seguintes há uma comparação entre plantas submetidas a estresses abióticos, como o clima. Esta safra foi marcada por uma seca severa. O crescimento dos ramos produtivos foi de 36,5 contra 30,6%. A produtividade de café beneficiado em sacas de 60kg/ha foi de 66,9 com Harpin e de 57,6 na testemunha.

A outra imagem mostra as diferenças no pegamento, gerando menos necessidade de replantio das mudas. 

Miranda esclarece que a proteína habilita a planta a utilizar todo seu potencial genético, luz solar e os outros insumos aplicados de uma maneira mais eficiente. Logo, ela não substitui nenhum insumo já utilizado pelos agricultores. “Apesar de ser um custo adicional, o retorno sobre o investimento na cultura do café é de 5 a 10 vezes o investimento. O custo por hectare é de aproximadamente 1 saco de café beneficiado por ano”, completa. 

Como benefício adicional a pesquisa verificou que,  ao longo das últimas quatro safras, houve uma tendência de que as áreas tratadas tenham uma maior longevidade do cafezal. A Harpin já tem resultados em trigo e áreas de teste em outras culturas no país como cana-de-açúcar, soja, milho, café, batata, batata-doce, beterraba, laranja, quiabo e alface.
 

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