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Registro de biopesticidas é crucial no novo modelo agrícola

“O registro de um produto fitofarmacêutico é um processo complicado, primeiramente devido aos recursos necessários"


O registro de novos biopesticidas tem aumentado em todo mundo, caracterizando-se como um fator fundamental para o desenvolvimento do chamado “novo modelo agrícola”. Foi isso que afirmou o especialista Pedro Peleato, que é CEO da empresa SEIPASA, em um artigo publicado no portal chinês agropages.com. 

“Através do uso abusivo de produtos químicos sintéticos, a agricultura é parcialmente responsável pelas mudanças no equilíbrio e na sustentabilidade do ambiente agrícola, ainda mais exacerbadas pelos efeitos das mudanças climáticas. Entretanto, se analisarmos esse assunto sob uma perspectiva diferente, esse mesmo sistema agrícola seria uma das maiores vítimas das consequências mais negativas das mudanças climáticas, na forma de pressões mais severas de pragas e doenças, a geração de novas resistências, uma queda nos níveis de produção ou mudanças nos ciclos da água”, comenta. 

No entanto, ele afirmou que o registro desse tipo de substância é bastante complicado, devido a vários fatores que dificultam a situação. “O registro de um produto fitofarmacêutico é um processo complicado, primeiramente devido aos recursos necessários em termos de pessoal especializado, tempo e dinheiro. São processos que podem levar de 7 a 10 anos e exigem investimentos de um milhão de dólares para lidar com todos os assuntos relacionados à identificação do ingrediente ativo, garantia, formulação, preparação de dossiês e realização dos testes de eficácia necessários. São investimentos que apenas alguns atores do setor de proteção de culturas são capazes de realizar”, completa.  

“A dificuldade de registrar produtos fitofarmacêuticos reside na falta de requisitos uniformes. Na União Europeia, as substâncias ativas são autorizadas a nível da UE, mas os produtos fitofarmacêuticos que contêm esses materiais requerem autorização individual de cada estado membro. Na prática, isso se traduz em longos atrasos e maiores gastos de capital, dada a multiplicação de requisitos entre um país e outro”, conclui. 

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