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Sistema regulatório na Europa é muito pior que no Brasil

Anthony Hawes, CTO e fundador da AgBiTech, elogia critérios de registro no País


O sistema regulatório para agroquímicos na Europa é muito pior que no Brasil, afirma Anthony Hawes, CTO (Chief Tecnology Officer) e fundador da AgBiTech. A empresa de origem australiana oficializou recentemente o início de sua operação comercial no País, e falou com exclusividade ao Portal Agrolink durante o Congresso Brasileiro de Entomologia, realizado este mês em Gramado (RS).

“Todo mundo vê o Brasil como um país difícil em assuntos regulatórios e certamente eu também percebo isso. Por outro lado, a forma que as agências regulatórias do Brasil olham aos biológicos é muito positiva. Então, em geral, para nós como companhia achamos o processo regulatório no Brasil muito transparente, muito eficiente. Tivemos nossos registros aprovados em tempo recorde”, disse Hawes. 

O executivo avalia o processo de registro brasileiro como “muito bom”: “É um pouco mais complicado, tem alguns elementos extras, mas não temos problema que o nosso produto seja regulado e não queremos pular os requisitos feitos. É importante que uma empresa que venha ao mercado tenha alta qualidade. É um mesmo critério para todo mundo. Na Europa é terrível, é muito pior que o Brasil em assuntos regulatórios, não tenha dúvida disso. Eu acredito que nossa experiência tem sido, na maioria dos casos, muito positiva”. 

Para o Brasil, o CTO e fundador da AgBiTech revela que vai manter o foco em uma única tecnologia: o Baculovírus. “São muito específicos na forma de fabricação, recomendação e no que controlam – realmente eliminam lagartas. Eu acredito que nosso foco nos colocou em um bom lugar. Nós realmente somos os líderes na fabricação desses produtos, e eficientes em produzi-los em grande escala”. 

“Nós estamos desenvolvendo novos produtos, novos vírus, todos já registrados no Brasil. E faremos novos produtos com misturas. Isso trará controle seletivo, mas tendo como alvo múltiplas lagartas. Isso é realmente revolucionário em termos de controle biológico. E continuaremos trabalhando nisso. Há um grande nicho para outros vírus e produtos que são muito complementares. Recém chegamos ao Brasil, vamos contribuir para desenvolver um sistema agrícola sustentável e os biológicos serão parte disso. Nós seremos parte da história dos biológicos. É assim que vejo o futuro para o Brasil”, conclui. 

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