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Broca-da-erva-mate

Corintiano (Hedypathes betulinus) Culturas Afetadas: Erva-mate


O besouro Hedypathes betulinus é a principal praga da erva-mate. Os adultos desta espécie medem entre 20 a 30 mm de comprimento por 9 a 13 mm de largura, são de coloração preta, com partes do corpo cobertas por densa pilosidade de cor branca, formando desenhos característicos. Os adultos deste besouro são observados nos ervais principalmente de setembro a março, período que ocorre o acasalamento e a postura. Seus ovos são brancos e medem aproximadamente 2 mm de comprimento. As larvas, que são as responsáveis pelos danos nas erveiras, são ápodas e de coloração esbranquiçada, com os segmentos torácicos alargados, que destaca a parte anterior do corpo. As pupas são brancas e do tipo "livre".

Danos - Apenas a erva-mate é conhecida como planta hospedeira deste besouro, onde provoca danos expressivos, sendo por isso, classificada como sendo uma praga "chave" desta cultura. As larvas do H. betulinus se desenvolvem nos troncos e ramos das plantas, onde formam galerias. O ataque desta praga reduz a produção e inviabiliza a exploração comercial dos ervais. Os adultos desta espécie são facilmente encontrados na base dos ramos maiores, onde se alimentam da casca. Após o acasalamento, este inseto deposita seus ovos isoladamente, introduzindo-os sob a casca dos ramos. Após 9 a 10 dias eclodem as larvas, que passam a se alimentar do tecido subcortical, avançando para o lenho, onde formam galerias e permanecem por 9 a 12 meses, quando atingem a fase pupal, que é de 20 a 30 dias. As larvas possuem o hábito de eliminar suas fezes das galerias, que permanecem aglomeradas próximas das plantas, auxiliando na constatação da praga. O ciclo biológico completo desta espécie é de 318 +/- 65 dias. A longevidade dos adultos pode alcançar 100 dias para as fêmeas e 144 dias para os machos.

Controle - Os inimigos naturais referidos para H. betulinus são Eurytoma sp., que é parasitóide de ovos, e formigas e percevejos predadores, embora se mostrem insuficientes no sentido de manter esta praga em baixos níveis populacionais. Existem evidências da eficácia do controle desta praga pela "galinha-da-angola" (Numida meleagris). Esmagar as larvas nas galerias dos troncos, capturar os adultos nos ervais, podar e queimar ramos atacados são algumas práticas usadas pelos produtores de erva-mate no combate deste inseto. Controle químico deve ser realizado com produtos registrados para a cultura.

 

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