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Ferrugem da figueira

(Cerotelium fici) Culturas Afetadas: Figo

Esta doença foi constatada no Estado de São Paulo há mais de 85 anos e hoje pode ser encontrada em todas as áreas de cultivo da figueira. É de grande importância na cultura do figo, causando perdas severas devidas à desfolhação quase total das plantas, especialmente nos casos onde não é feito o controle do patógeno e quando há condições favoráveis ao seu desenvolvimento. Sob períodos de chuva intensos e prolongados, as árvores podem ficar completamente desfolhadas em 20-30 dias. A ferrugem da figueira é um fungo cosmopolita, existem registros em quase todos os países onde cultiva o figo. No Brasil, a ferrugem está presente em todas as regiões de cultivo da figueira do país. Além do figo,

Cerotelium fici ataca outras espécies dos gêneros Ficus, Broussonetia, Chlorophora, Maclura e Morus.

Danos: A ferrugem manifesta-se primeiramente sobre as folhas, na forma de pequenas manchas angulosas de cor verde-amarelada. Posteriormente, essas manchas tornam-se maiores e de coloração parda. Na superfície inferior das folhas, na região correspondente às manchas, é observada a presença de pústulas que, ao abrirem-se, expõem uredósporos ferruginosos e pulverulentos, folhas severamente afetadas amarelecem, secam e caem prematuramente. Quando a infecção ocorre em estádios iniciais do desenvolvimento vegetativo da planta, pode-se ter ausência total da frutificação. Freqüentemente, as folhas mais velhas são afetadas em primeiro lugar e, em poucos dias (20-30), toda a folhagem pode ficar coberta de pústulas. Quando a figueira é afetada no estádio de frutificação, mesmo que a doença não ocorra de forma tão severa, pode haver uma diminuição no processo de maturação dos frutos, acarretando redução do seu valor comercial. Quando a pluviosidade é muito elevada, a ferrugem pode ocasionar desfolha completa da árvore em 20 a 30 dias.

Controle: Não há referencias sobre a existência de variedades ou cultivares de figo resistentes a Cerotelium fici.

O controle deve ser realizado basicamente em 2 épocas. A primeira época corresponde ao período de repouso vegetativo das plantas (inverno). Nessa ocasião devem ser eliminados todos os Órgãos que possam servir de fonte de inóculo primário para a fase de desenvolvimento vegetativo da estação seguinte, inclusive as folhas afetadas no chão. Deve-se também pulverizar as plantas com calda bordalesa.

A segunda época corresponde à fase de vegetação, que vai desde a brotação até a maturação dos frutos. Nessa ocasião toda a folhagem, principalmente a em desenvolvimento, deve ser protegida com aplicações de calda bordalesa a 1% espaçadas de 10 a 15 dias. Os fungicidas à base de cobre insolúvel ou os sistêmicos como propiconazole, difenoconazole, etilenobisditiocarbamatos e triazóis também dão bons resultados, com a vantagem sobre a calda bordalesa de poder aplicá-los a baixo volume, o que garante melhor cobertura. Entretanto, a calda bordalesa, além da sua maior tenacidade, confere, aparentemente, certa rigidez desejável à casca do figo, razão porque é preferida pelos ficicultores.

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