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Mal-das-sete-voltas

Antracnose das folhas e dos frutos (Colletotrichum gloeosporioides cepae) Culturas Afetadas: Cebola

Teleomorfo: Glomerella cingulata

Esta doença é de grande importância devido à perda de plantas a partir da etapa de sementeira e à redução dos rendimentos. A doença provoca redução nos rendimentos na ordem de 50-100%, dependendo das condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento do patógeno. A doença provoca a perda parcial ou total das folhas, traduzindo-se em uma incompleta formação dos bulbos.

Os sintomas dessa doença foram observados pela primeira vez na Nigéria, em 1969, e, em 1979, a doença já causava sérias perdas no Brasil, onde está distribuída em quase todas as regiões onde se cultiva cebola, com especial incidência e severidade em vários municípios da Bahia e Pernambuco, e com maior ou menor intensidade em Minas Gerais. Colletotrichum gloeosporioides é um fungo onívoro, atacando plantas de mais de 50 famílias, mas a forma specialis cepae é patógeno apenas na cebola.

Danos: Os sintomas típicos da doença são tombamento, mela ou estiolamento nas sementeiras, enrolamento das folhas e rigidez do pescoço, sintoma conhecido como "charuto".

Nas folhas aparecem lesões alongadas, deprimidas, marrons, com numerosos acérvulos dispostos em círculos concêntricos no centro das manchas. Como conseqüência da formação de grandes áreas necrosadas, as folhas tornam-se cloróticas, retorcidas e enroladas, e terminam secas e quebradiças. Nas bainhas das folhas e lâmina foliar podem observar-se, em algumas ocasiões, lesões deprimidas, ovais e brancas.

Nos bulbos geralmente não se desenvolvem lesões, resultando em uma espécie de falso caule ou bulbo muito delgado. Os bulbos que alcançam um desenvolvimento razoável apodrecem facilmente antes da colheita ou no armazenamento.

Controle: Os cultivares de bulbo roxo são resistentes à doença. Recomenda-se:

a) A utilização de sementes limpas, livres do patógeno e adequadamente tratadas;

b) A retirada dos restos culturais do campo e a queima dos mesmos;

c) Não realizar plantações muito adensadas para facilitar a circulação do vento;

d) Plantar em solos com boa drenagem;

e) Evitar a irrigação por aspersão, irrigando apenas quando necessário;

f) Propiciar uma boa secagem dos bulbos imediatamente após a colheita e antes do armazenamento;

g) Realizar rotação de cultura com plantas não hospedeiras;

h) Pulverizações com fungicidas sistêmicos registrados para a cultura, a partir da fase de sementeira e no campo enquanto existirem plantas com sintomas.

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