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Monilíase

(Moniliophthora roreri ) Culturas Afetadas: Cacau

A Monilíase é uma doença devastadora para o cacaueiro, cujo agente causal é o fungo 

Moniliophthora roreri.

Etiologia: Em condição de campo, esta doença pode afetar unicamente o fruto do cacaueiro. A germinação dos conídios é favorecida sob temperatura média de 22° C e umidade relativa de 93%. A penetração do tubo germinativo ocorre diretamente na epiderme ou através de estômatos, crescendo entre as células do parênquima do córtex, produzindo conídios dentro e na superfície dos frutos. A disseminação dos esporos é realizada principalmente pelo vento, podendo as chuvas, terem um papel secundário da epidemiologia da doença. A longa distância a praga pode ser disseminada pelo transporte de frutos e veículos infectados, material vegetativo e embalagens contendo os esporos do fungo, que são viáveis em condições adversas até um período de nove meses. As principais fontes do inoculo são os frutos infectados na árvore. A alta umidade relativa favorece a esporulação do patógeno que inicia em média uma semana após o surgimento dos sintomas, permanecendo intensa até dez semanas, quando a produção de inoculo cai para níveis insignificantes. Frutos mumificados que permanecem nas árvores de uma estação para outra, tem papel importante como fonte de inoculo inicial da praga.

Danos: O período de incubação da doença é longo, variando de 40 a 90 dias, para o surgimento dos primeiros sintomas. Inicialmente são lesões irregulares de coloração marrom escura observadas nas superfícies dos frutos. Com o desenvolvimento da doença estas lesões coalescem, podendo no caso de infecções precoces, cobrirem toda a superfície do fruto. Sobre as lesões, observa-se o desenvolvimento de um micélio de coloração branca, com grande quantidade de conídios. Após alguns dias, a coloração do micélio pode mudar para tonalidade creme, cinza ou marrom. Internamente, observa-se uma necrose generalizada das sementes, sendo a severidade deste sintoma mais acentuada quando a infecção ocorre em frutos jovens. As sementes necrosadas podem ficar aderidas umas as outras dificultando sua remoção do interior dos frutos. Os sintomas da Monilíase são semelhantes ao provocados pela Vassoura-de-bruxa nos frutos de cacaueiro. Na ausência de esporulação de M. roreri, fica impossível uma distinção entre as duas doenças.

Controle: A Monilíase é uma doença de difícil convivência, por não se dispor, até o momento, de técnicas eficazes para o seu controle. O manejo integrado é a forma mais eficiente de controle simultâneo das principais doenças do cacaueiro (Podridão Parda, Vassoura-de-bruxa e Monilíase).

Controle Cultural

Remoção semanal dos frutos infectados que devem ser picados para facilitar a decomposição. Em contato com o solo, a praga tem a sobrevivência diminuída, em torno de três meses, devido à competição com outros microrganismos. O inóculo produzido nestes frutos, não possui a mesma eficiência de disseminação dos produzidos nos frutos infectados que permanecem na copa.

Durante a estação de menor precipitação, recomenda-se remoção dos frutos infectados mumificados, que não tenham sido removidos durante o período de frutificação, a fim de diminuir o inóculo primário para o novo ciclo da doença. A diminuição da umidade relativa no interior das plantações, através de podas das copas dos cacaueiros e das árvores de sombra, tem sido utilizada como uma forma de amenizar os efeitos da praga.

Controle químico

Recomenda-se o uso de produtos registrados para a cultura.

 

Fotos

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