A entidade Produtores de Soja dos Estados Unidos, instituição de produtores norte-americanos, critica a contestação dos EUA à proibição européia imposta aos produtos agrícolas geneticamente modificados, prova de que há dúvidas entre agricultores sobre a resolução do governo Bush para exportar produtos baseados na biotecnologia.
A entidade, com sede em Des Arc, no estado de Arkansas, declarou que é arriscado antagonizar os europeus ao contestar a proibição na Organização Mundial de Comércio (OMC) uma vez que os europeus são o principal mercado para as exportações de soja.
"Se quisermos promover um produto, temos simplesmente de promovê-lo", disse Harvey Joe Sanner, diretor da entidade.
As restrições européias aos produtos transgênicos foram impostas, em 1998, por causa da preocupação de a nova tecnologia poderia ser prejudicial à saúde. Os EUA declararam, em 13 maio, que contestariam a proibição na OMC, com sede em Genebra.
Sanner disse que a sua entidade, que representa "algumas centenas" de agricultores, foi criada, no ano passado, em parte devido à infelicidade de que a estabelecida Associação Americana dos Produtores de Soja tem trabalhado muito próximo das companhias da área de biotecnologia como a Monsanto. Sanner cultiva soja transgênica, e diz que seu único receio está na preservação do mercado para ela.
Embora a União Européia tenha deixado de fora parte considerável dos alimentos transgênicos pela primeira vez em cinco anos, anteriormente havia concedido aprovação para a soja que foi modificada para resistir às solicitações do Roundup, da Monsanto.