Com a estimativa de safra recorde de milho safrinha, Mato Grosso do Sul poderá exportar o grão para os Estados onde a colheita não suprir a demanda. A opinião é do vice-presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), o agricultor Ari Basso, ao comentar a previsão de 1,825 milhão de toneladas e rendimento médio de 2,9 mil toneladas por hectare feita pelo IBGE/MS (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). "Temos notícias de que em alguns Estados a produção de milho será insuficiente. Com isso, Mato Grosso do Sul pode vender o excesso e não perder no preço", diz Ari Basso em nota distribuída pela assessoria de imprensa da Famasul.
De acordo com a Granos Corretora de Cereais, a saca de milho foi cotada ontem à tarde a R$ 16,00, posto em Campo Grande, incluindo o preço do frete. Em Dourados, o produtor está pedindo R$ 15,00 diante da oferta de R$ 14,00 do comprador. Em 2001 o excesso de produção fez com que a saca de milho chegasse a custar até R$ 7,00, lembra a Famasul. Por conta disso, segundo a entidade, houve uma debandada de agricultores do setor para a produção de soja, gerando escassez de milho e aumento do custo de produção na suinocultura e avicultora.