Os números finais da colheita de arroz no Rio Grande do Sul deverão ser divulgados ainda hoje (16-06) pelo Instituto Riograndense do Arroz (Irga). Com 99,1% já colhido, a quebra de safra é de 15,7% com produção de 4,620 milhões de toneladas. No período 2001/02, esse total chegou a 5,9 milhões de toneladas. O presidente do Irga, Pery Coelho, destacou que na fronteira oeste as perdas foram maiores e atingiram 30% da área plantada. A área no Estado chegou a 951 mil hectares e a produtividade atingiu aproximadamente cinco mil Kg/ha. O valor da saca no RS varia entre R$ 32 e R$ 35.
Para que não ocorra diminuição de área para a próxima safra, o Irga pretende realizar um trabalho de manutenção de área em todo o país, “a menos que os estoques do governo federal não provoquem queda nos preços”, enfatizou Coelho. O presidente destacou que o plano safra 2003/04 atendeu às expectativas do instituto quanto à inclusão do arroz como alimento básico, a elevação de 33% para o custeio e o aumento do preço mínimo variando entre R$ 20,00 e R$ 20,70, mas que ainda fica abaixo do custo de produção elaborado pelo Irga de R$ 23,41. Outro ponto que não foi aceito pelo instituto se diz respeito ao programa de sistematização, reivindicado há três anos.
Em julho o instituto vai lançar um programa de produtividade já de olho na instalação da Alca. Neste mesmo mês, um convênio de transferência de tecnologia e pesquisa será criado pelo Fundo Latino-americano do Arroz Irrigado (Flar) e a FAO. O Irga receberá R$ 1 milhão com esse projeto.