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Críticas à reforma agrícola feita pela UE



A União Européia (UE) apresenta como "histórico" o acordo da semana passada para reformar o seu programa de subsídios agrícolas no montante de € 40 bilhões (US$ 46 bilhões). As organizações humanitárias e de defesa do meio ambiente dizem que foi uma oportunidade perdida.

"Não há nada a comemorar", disse Sam Barratt, pesquisador da organização de ajuda Oxfam, com sede no Reino Unido. "A medida não vai interromper a superprodução. A Europa continuará a produzir mais do que necessita, e o excedente vai inundar o mundo em desenvolvimento".

Os ministros da Agricultura concordaram em reestruturar a Política Agrícola Comum (PAC) do bloco interrompendo a maioria das relações entre os níveis de produção dos agricultores e os seus subsídios a partir de 2005 e redirecionando parte da ajuda para o desenvolvimento rural. O sistema de subsídios agrícolas multimilionário da UE é o maior obstáculo para as conversações na Organização Mundial de Comércio (OMC) sobre liberalização global do comércio de produtos agrícolas.

Exportadores como Austrália, Argentina e EUA vêm pressionando a UE para reduzir o montante dos subsídios que concede aos produtores. A UE tem abordagem mais cautelosa para a liberalização do comércio de produtos agrícolas, sublinhando a necessidade de levar em consideração o papel da economia agrícola na segurança alimentar e proteção ao meio ambiente.

Pressões exercidas pela França, forçaram a Comissão Européia a atenuar as propostas originais para abolir a relação direta entre subsídios aos agricultores e os níveis da sua produção.

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