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China poderá substituir açúcar por xarope de milho



A China poderá priorizar as importações de milho em detrimento das de açúcar, já que a Coca-Cola e outras empresas alimentícias e de bebidas estão dando preferência para xaropes mais baratos para atender a crescente demanda de adoçantes, informa a LMC International.

A China, terceiro maior consumidor mundial de açúcar, poderá comprar 5 milhões de toneladas extras de adoçante na próxima década, e é improvável que esse avanço corresponda ao crescimento doméstico na produção, disse Martin Todd, pesquisador da LMC.

O milho permite a produção de um xarope de alto teor de frutose, frustrando as expectativas dos exportadores mundiais de açúcar. O mercado esperava que os chineses importassem pelo menos 2 milhões de toneladas de açúcar por ano, segundo Todd. "O xarope de alto teor de frutose pode ser uma alternativa concorrente do açúcar. Por esse motivo, acreditamos ser pouco provável que a China satisfaça as esperanças dos exportadores de açúcar em todo o mundo."

Os preços do açúcar em Nova York avançaram 54% este ano, ante o otimismo de que a crescente demanda na China, Índia e Rússia provoque um déficit global.

O custo com a fabricação de uma tonelada de adoçante com xarope de milho equivale a 70% do custo com a produção com açúcar, disse Lee Fidler, estrategista da Mitr Phol Sugar, maior refinaria da Tailândia.

"Podemos dizer que a fatia de mercado de adoçantes que o xarope de frutose detém, tem crescimento estável", diz.

As engarrafadoras da Coca-Cola na China poderão necessitar de cerca de 800 mil toneladas de xarope de milho por ano. A Cargill, maior empresa mundial do setor agrícola, e o Global Bio-Chem Technology Group fornecem em conjunto xarope de milho para a Coca-Cola.

Ao mesmo tempo, espera-se que a capacidade da China de produzir seus próprios aditivos adoçantes se expanda 30% no próximo ano, acrescentou Fidler.

A China consumirá cerca de 12,5 milhões de toneladas de açúcar no ano que se encerra em setembro do próximo ano.

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