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Como vem o tempo em Junho? Mais frio e úmido?

1º mês do inverno tem maior frequência do avanço de sistema frontais e massas de ar polar


Foto: Pixabay

As projeções para o mês de junho estão mais otimistas em relação à precipitação para o Centro-Sul e para o frio na Região Sul, aponta o meteorologista Tiago Robles, da Meteored. De acordo com ele, os modelos climáticos apontam para “um junho mais úmido” nessas regiões.

“Apesar de as primeiras massas de ar frio mais intensas já ocorrerem entre abril e maio, junho representa o primeiro mês do inverno, quando ocorrem um maior frequência do avanço de sistema frontais e massas de ar polar, proporcionando aumento da precipitação o estado do Rio Grande do Sul e parte dos estados de Santa Catarina e do Paraná, bem como a diminuição das temperaturas em todo o Centro-Sul, com eventos mais intensos, quando o ar frio chega até a Região Norte”, explica ele.

O especialista aponta que já se pode considerar que o La Niña não exerce mais influência:
“Depois de analisar os principais fatores influentes do padrão climático para o mês de junho, é possível fazer o devido julgamento da distribuição da precipitação e da temperatura do modelo CFSv2, que subestima muito a precipitação no extremo norte do país no leste nordestino”.

“No mapa referente às anomalias de precipitação, o destaque fica para as chuvas acima da média em praticamente todo o Centro-Sul, com maior volume anômalo para o leste da Região Sul e de São Paulo. Como a média climatológica é baixa, qualquer evento de chuva pode atingir o esperado para o mês. Ou seja, não deve ser interpretado como um cenário chuvoso”, completa.

Quanto ao extremo norte do país e leste da Região Nordeste, diz Robles, o modelo CFSv2 subestima muito, fornecendo um cenário abaixo da média, quando se espera volumes próximos da média: “O frio ainda será um destaque para a Região Sul, porém é no Rio Grande do Sul que se esperam temperaturas abaixo da média”.

“Em relação às temperaturas, a projeção está coerente. Como se espera uma baixa amplitude do avanço dos sistemas frontais, as massas de ar polar devem atuar por mais tempo na Região Sul, proporcionando uma condição fria. Já para a porção central, a condição será mais quente na média”, conclui ele. 

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