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Preço da soja sobe no Brasil com demanda da China

Por 'guerra' com EUA, chineses estão dando preferência ao Brasil


As cotações da soja tiveram na quinta-feira (22.03) um dia de recuperação de ganhos no mercado físico brasileiro, sem correlação com a estagnação registrada na Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com a T&F Consultoria Agroeconômica, em média os preços subiram 0,73% nos portos e 0,51% no interior do País.

O analista da T&F Luiz Fernando Pacheco aponta que o Índice Cepea para o Paraná fechou a R$ 73,04/saca, em leve alta, mas ainda não voltou aos R$ 74,02 de quatro dias atrás e nem aos R$ 74,35/saca de 10 dias atrás. “Isto significa que os preços da soja no Brasil continuam andando de lado, sem subir, realmente. Por isso, nossa recomendação continua sendo a de que os produtores continuem aproveitando os bons níveis de lucro que estão tendo no momento para garantir o ressarcimento dos seus custos”, comenta. 

“É bem verdade que a China está dando preferência ao Brasil: neste mês adquiriu 15 navios, dos quais 10 do Brasil e 5 dos EUA, como parte da guerra comercial entre os EUA e China, onde a soja é citada explicitamente pelos chineses. Mas, isto fará Chicago cair (porque irão aumentar os estoques americanos de soja) e os prêmios nos portos brasileiros (porque aumentará a sua demanda), subir, compensando-se mutuamente”, conclui o analista. 

FUNDAMENTOS 

De acordo com os mapas climáticos analisados pela AgResource o padrão climático oferecido para o Brasil nos próximos 5 dias é bastante similar às leituras passadas: “No entanto, os índices plu­viométricos acumulados foram elevados, principalmente sobre o Mato Grosso, norte de Goiás e toda a região do MATOPIBA. Em exceção a Minas Gerais, uma rodada de chuvas expressivas deve cobrir toda a região sojicultora e milhocultora do Brasil, até o fim de março”. 

“Uma massa de ar quente se estaciona sobre o estado mineiro, dificultando a chegada das precipitações sobre a região. Por um lado, o cenário é positivo para o avanço da colheita, no entanto cria pontos de preocupação sobre a umi­dade disponível para o desenvolvimento da safrinha”, apontam os analistas da ARC.

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