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Tempo e agricultura brasileira

Bom volume de chuvas na última quinzena de janeiro favoreceu as lavouras do Rio Grande do Sul


Foto: Arquivo

O bom volume de chuvas na última quinzena de janeiro favoreceu as lavouras do Rio Grande do Sul que sofreram com a estiagem prolongada de dezembro até o início de janeiro. As chuvas foram suficientes para elevar a umidade do solo em todas as regiões do estado e amenizar os efeitos do déficit hídrico sobre a cultura da soja, principalmente das lavouras que se encontram em desenvolvimento vegetativo, correspondendo a 37% da área plantada. No restante da área, estimativas apontam que 36% encontram-se atualmente em floração e 27% em fase de enchimento de grãos, nas quais espera-se perdas produtivas.

As estimativas são otimistas para a safra de algodão na Bahia. Mesmo após o período de estiagem do início da safra, o retorno das chuvas no final de janeiro favoreceu o bom desenvolvimento das lavouras e mantém o otimismo dos produtores. Para assegurar altas produtivas, contudo, é importante que regularidade das chuvas se mantenha e as tecnologias sejam devidamente aplicadas.

As chuvas intensas em Minas Gerais e regiões do Espírito Santo trouxeram danos a diversos cafezais. A ocorrência de chuvas nessa época do ano é favorável para o bom desenvolvimento das lavouras e permitiu o aumento da umidade do solo. Porém, o alto volume registrado causou danos estruturais que podem influenciar diretamente em perda de produção. Na Zona da Mata mineira, as chuvas danificaram estradas, dificultando o transporte e afetando as lavouras, com perdas estimadas em mais de 3 mil sacas de café.

O alto volume de chuvas registrado em janeiro nas principais regiões citrícolas do de São Paulo dificultaram as atividades de colheita e a comercialização de laranja e limão tahiti, além de acarretarem em queda na qualidade dos frutos. Na região de Bom Jesus da Lapa-BA, as chuvas frequentes em janeiro favoreceram a ocorrência da Sigatoka Amarela na cultura da banana.

O bom volume de chuvas em janeiro no Vale do São Francisco afetou a produção de melão, em que o excesso de chuva reduziu a qualidade das frutas e acarretando em queda dos preços. Já a produção de manga da região foi favorecida com o aumento da precipitação, que contribuiu para o enchimento e qualidade das frutas. As chuvas do final do mês atrapalharam a colheita de maçã em diversas áreas de Santa Catarina, porém, o maior volume pluviométrico pode favorecer pomares que se encontram mais atrasados, permitindo o aumento do calibre das frutas.

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