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“Não venda milho agora": AgResource

“A China ainda tem elevada necessidade de importação"


O CEO da AgResource Company, Daniel Basse, afirma que “certamente vai acontecer problema de redução de rendimento” na produção de milho dos Estados Unidos. Ele aconselha aos agricultores brasileiros “não fazer nenhuma venda de milho no momento, mesmo que os preços estejam altos agora, porque eles serão ainda maiores”.  

“A China ainda tem elevada necessidade de importação. Existe uma área pequena de soja e milho na China que está enfrentando seca, enquanto porções do Mar Negro também estão tendo problemas. Os produtores brasileiros sabem que a safrinha, a segunda colheita do milho, ainda poderá ter meia quebra. Então na minha opinião é preciso segurar ainda mais as vendas. Se movermos os negócios para julho e houver um período em que o solo esteja com deficiência de umidade, o mercado de Chicago vai subir bastante rapidamente”, comenta. 

Nos Estados Unidos, esse é o período mais seco em 120 anos para a região Oeste, segundo uma publicação do National Geographic e isso influencia bastante o mercado, somado com a quebra anterior brasileira. Isso porque, esse fato não ocorre normalmente e está acontecendo em um momento em que a necessidade de milho pode aumentar. 

“O que me incomoda é que nunca tivemos perda da safra brasileira seguida de perda da safra norte-americana. Então essa combinação ocorre num momento em que o mundo tenta expandir mercado de milho na China e nós, nos Estados Unidos, necessitamos de mais óleos vegetais para biodiesel renovável. Esses fatores estão presentes e ainda não sabemos a extensão das consequências em relação à colheita dos Estados Unidos”, conclui. 

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