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CEEMA - Mercado da Milho

CEEMA - Mercado da Milho


As cotações do milho em Chicago, por sua vez, pouco se movimentaram durante esta semana. O fechamento do dia 22/02 ficou em US$ 3,66/bushel, contra US$ 3,67 uma semana antes.

 

Apesar das perdas na Argentina e no Brasil, os estoques elevados nos EUA estão segurando as cotações nos atuais níveis. Ao mesmo tempo, a retomada das exportações por parte dos EUA poderia igualmente dar um maior impulso aos preços, porém, não vem sendo o caso. Neste último ponto, na semana anterior as exportações estadunidenses chegaram a 1,97 milhão de toneladas enquanto na semana passada recuaram para 938.000 toneladas, esfriando um pouco o ânimo altista do mercado. Vale destacar que o dólar continuou valorizado em relação as principais moedas mundiais, fato que tira competitividade dos produtos de exportação dos EUA

 

Neste contexto, o mercado externo está na dependência do ritmo de exportação dos EUA daqui em diante, assim como da futura área que será semeada neste país em 2018. Há especulação de que, diante dos atuais preços, a soja será mais uma vez privilegiada em detrimento do milho.

 

Na Argentina e no Paraguai a tonelada FOB do cereal se manteve em US$ 177,00 e US$ 137,50 respectivamente.

 

No Brasil, o preço médio no balcão gaúcho pouco evoluiu, fechando a semana em R$ 27,33/saco. Já os lotes ficaram entre R$ 30,50 e R$ 32,50/saco. Nas demais praças nacionais os lotes giraram entre R$ 17,00/saco em Sorriso e Lucas do Rio Verde (MT) e R$ 35,00/saco em Itahandu (MG), passando por R$ 33,50/saco em Campos Novos, Videira e Concórdia (SC). Um ano antes os lotes no Nortão mato-grossense estavam cotados na média de R$ 23,50/saco, enquanto em Santa Catarina atingiam a R$ 31,00. Nota-se, portanto, que o sul do país já registra valores mais altos para o cereal na atualidade, enquanto o Centro-Oeste, pressionado pela abundante safrinha nos dois últimos anos, assiste a preços bem mais baixos do que há um ano. Quanto a futura segunda safra (safrinha), Goiás está indicando preços ao redor de R$ 23,50/saco entre julho e agosto próximos. Um sinal de que se espera uma segunda safra menor na região.

 

Dito isso, o mercado começa a realizar o fato de que a safra brasileira de verão será bem menor neste ano, diante da forte redução de área semeada e de intempéries em muitos locais de produção. Resta saber até que ponto os estoques de passagem poderão segurar novas altas. Neste momento, a posição Março na BM&F já cota o saco em R$ 34,30 diante de um abastecimento reduzido em São Paulo. A região da Mogiana paulista já estaria encerrando sua colheita e a produção de outros Estados encontra dificuldades de logística para chegar ao mercado de São Paulo. Neste contexto, a Sorocabana paulista registra valores entre R$ 32,00 e R$ 33,00/saco, enquanto o CIF Campinas bate em R$ 36,00 a R$ 37,00/saco devido ao frete muito elevado. Os diferentes fatores altistas do momento não permitem descartar a possibilidade de o CIF Campinas chegar a R$ 40,00/saco neste primeiro semestre (cf. Safras & Mercado). Em tal contexto, os produtores e cooperativas que possuem milho no Sudeste brasileiro estão segurando o produto na expectativa de preços ainda mais elevados. Com o atraso na colheita da safra de verão, devido às chuvas, a tendência é que o atual perfil do mercado não se modifique tão cedo. Assim, tudo indica que, mais dia menos dia, essa realidade paulista tenda a atingir outros Estados, especialmente os importadores líquidos como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que já assistem a uma reação em seus preços de lotes.

 

Até o dia 12/02 a colheita da safra de verão de milho, no Centro-Sul brasileiro, atingia a 17% da área, contra 15% um ano antes. O Rio Grande do Sul registrava 44% colhido, contra 38% no ano anterior; São Paulo 18%, contra 14%; Santa Catarina 17%, contra 12%; e o Paraná 5% colhido contra 9% registrados em igual momento do ano passado. A área total semeada no Centro-Sul brasileiro ficou 27,7% menor do que a registrada um ano antes (cf. Safras & Mercado).

 

Quanto ao plantio da safrinha, o Centro-Sul do país apontava uma área de 19% até o dia 12/02, contra 32% no ano passado. O Mato Grosso havia semeado 37%, contra 54% um ano antes; Mato Grosso do Sul 7%, contra 21%; Paraná 6%, contra 23%; e Goiás 10%, contra 15% semeado um ano atrás. A área total da safrinha 2017/18 no Centro-Sul está estimada em 10,8 milhões de hectares, ou seja, 5,8% menor do que a registrada na safrinha anterior (cf. Safras & Mercado).

 

Enfim, os embarques de milho realizados pelo Brasil, nos primeiros 10 dias úteis de fevereiro, atingiram a 914.200 toneladas, a um preço médio de US$ 160,50/tonelada.

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