As cotações do trigo em Chicago recuaram durante a semana, fechando a quinta-feira (22) em US$ 4,51/bushel, contra US$ 4,61 na semana anterior.
Após ensaiar a manutenção dos preços nos níveis da semana passada, diante de uma nova redução nos volumes exportados pela França e de um clima ruim nas Planícies produtoras dos EUA, o mercado externo do trigo cedeu devido ao fraco resultado das exportações deste país. As inspeções de exportação de trigo estadunidenses atingiram a 422.298 toneladas na semana encerrada em 15/02, contra 499.825 toneladas na semana anterior. No acumulado do ano comercial iniciado em 1º de junho, o total inspecionado chega a 17,5 milhões de toneladas, contra 18,4 milhões um ano antes.
No Mercosul a tonelada FOB para exportação subiu para níveis entre US$ 180,00 e US$ 192,00.
Já no Brasil os preços se mantiveram estáveis, com o balcão gaúcho fechando a semana em R$ 29,58/saco, enquanto os lotes ficaram em R$ 31,80/saco na compra. Um ano antes, nesta mesma época, o balcão gaúcho pagava R$ 28,29/saco, enquanto os lotes valiam entre R$ 31,00 e R$ 32,00/saco.
Nas demais praças nacionais, o balcão registrou valores de R$ 34,00 a R$ 35,00/saco no Paraná e de R$ 32,00 a R$ 33,00/saco em Santa Catarina. Já os lotes permaneceram entre R$ 40,20 e R$ 41,40/saco no Paraná e R$ 35,40/saco em Santa Catarina.
A baixa liquidez continua, embora após o Carnaval tenha-se notado alguma movimentação compradora no mercado interno brasileiro. A paridade de importação do produto argentino continua mais competitiva do que o produto nacional, fato que impede melhoria de preços por aqui. Os poucos produtores que ainda possuem trigo de qualidade não possuem necessidade de venda no curto prazo e esperam por preços melhores. No Rio Grande do Sul a disponibilidade de trigo é baixa, havendo poucos negócios (cf. Safras & Mercado).
