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Chicago: cotações do trigo se mantém abaixo do patamar

O relatório de oferta e demanda do USDA, divulgado no dia 12/09, não trouxe grandes novidades para o trigo


As cotações do trigo em Chicago se mantiveram abaixo do patamar de US$ 5,00/bushel nesta semana, embora tenham ensaiado alguma recuperação. O primeiro mês cotado fechou a quinta-feira (13) em US$ 4,71/bushel, contra US$ 4,86 uma semana antes. A média de agosto ficou em US$ 5,38/bushel, contra US$ 5,07 em julho e US$ 4,29/bushel em agosto de 2017.

O relatório de oferta e demanda do USDA, divulgado no dia 12/09, não trouxe grandes novidades para o trigo. A safra dos EUA ficou confirmada em 51,1 milhões de toneladas, com estoques finais para 2018/19 em 25,4 milhões. O patamar de preços médios, no corrente ano comercial, para os produtores estadunidenses ficou entre US$ 4,70 e US$ 5,50/bushel. Já a produção mundial de trigo foi aumentada para 733 milhões de toneladas, com os estoques finais se estabelecendo em 261,3 milhões de toneladas. A produção da Argentina é esperada em 19,5 milhões de toneladas, com exportações de 14,2 milhões. Ao mesmo tempo, a produção do Brasil foi mantida em 4,7 milhões de toneladas, com importações de 7,5 milhões.

Mesmo com a produção da Austrália ficando no menor nível dos últimos 10 anos, o aumento da produção mundial, em relação ao relatório de agosto, esfriou o mercado e puxou para baixo as cotações do cereal.

Além disso, compradores importantes, como o Egito, continuam dando preferência ao trigo da Rússia, deixando de lado compra nos EUA. 

Já as inspeções de exportação de trigo estadunidenses somaram 429.081 toneladas na semana encerrada em 06/09. No mesmo momento do ano passado as mesmas atingiram a 508.855 toneladas.

No Mercosul, a tonelada FOB para exportação ficou entre US$ 215,00 e US$ 225,00, enquanto a safra nova se manteve em US$ 220,00.

Enquanto isso, no Brasil, os preços se mantiveram mais calmos durante a semana, porém, com viés de alta. O balcão gaúcho fechou a semana em R$ 42,19/saco, enquanto os lotes se mantiveram em R$ 51,00. No Paraná, o balcão permaneceu entre R$ 49,00 e R$ 50,00/saco, enquanto os lotes oscilaram entre R$ 57,00 e R$ 63,00/saco, Em Santa Catarina, igualmente poucas mudanças, com o balcão ficando entre R$ 42,00 e R$ 45,00/saco e os lotes, na região de Campos Novos, em R$ 54,00/saco. (cf. Safras & Mercado)  

A comercialização no país continua lenta, na espera da entrada da safra nova, a qual começou a ser colhida no Paraná. O mercado continua com grandes dúvidas sobre o volume e a qualidade a ser colhida na nova safra do sul do país. Por enquanto, a maioria dos moinhos continua utilizando seus estoques, suficientes para os próximos 30 a 60 dias (cf. Safras & Mercado).

Quanto as condições das lavouras, houve chuvas no Rio Grande do Sul, seguidas de forte calor nesta última semana, forçando os produtores a tratamento das lavouras. Já no Paraná, houve decepção quanto ao avanço da colheita. O mercado esperava em torno de 10% da área colhida até o dia 10/09, porém, o número oficial veio em apenas 3% na totalidade do Estado, avançando muito pouco nesta última semana. As condições das lavouras paranaenses não mudaram, com 22% do total ruins, 36% regulares e 42% boas. Do total das lavouras, 35% estavam em fase de maturação até o início desta semana. Além disso, o mercado se preocupa com a possibilidade de chuvas que venham retardar ainda mais o ritmo de colheita paranaense neste restante de setembro.

Diante deste quadro, os preços da safra nova, que estavam em baixa, voltaram a subir. Em algumas regiões do Paraná, a tonelada, onde havia indicação de R$ 800,00 para o produto da safra nova, os preços voltaram a subir, chegando agora em R$ 950,00 (R$ 57,00/saco) para os lotes. Este quadro somente ficará mais claro ao término da safra do Paraná, em outubro.

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