CI

Cotações da soja em Chicago recuaram um pouco nesta semana

Futura safra dos EUA foi confirmada em projeção de 115,8 milhões de toneladas


As cotações da soja em Chicago recuaram um pouco nesta semana, fechando a quinta-feira (15) em US$ 9,34/bushel, para o primeiro mês cotado.

O relatório de oferta e demanda do USDA, divulgado no dia 09/06, não trouxe grandes novidades ao mercado. A futura safra dos EUA foi confirmada em projeção de 115,8 milhões de toneladas, repetindo o volume do relatório anterior. Enquanto isso, os estoques finais, para 2017/18, naquele país, foram elevados para 13,5 milhões de toneladas. Com isso, o patamar de preços médios ao sojicultor norte-americano foi mantido entre US$ 8,30 e US$ 10,30/bushel para o mesmo ano, contra US$ 9,55 na média de 2016/17 (estimativa) e US$ 8,95/bushel em 2015/16. 

Em termos mundiais, o relatório apontou uma safra total de 344,7 milhões de toneladas para 2017/18, contra 351,3 milhões no corrente ano. Os estoques finais mundiais, todavia, sobem para 92,2 milhões, contra 88,8 milhões em maio e 93,2 milhões de toneladas em 2016/17. A produção brasileira para o novo ano comercial é projetada em 107 milhões e a da Argentina em 57 milhões de toneladas. Enquanto isso, as importações chinesas somariam 93 milhões de toneladas, após 89 milhões no corrente ano comercial.

A partir de agora, as atenções se voltam para o relatório definitivo de plantio nos EUA, previsto para o dia 30/06. Com a situação climática ainda muito instável naquele país, o referido relatório pode trazer alguma surpresa, o que deixa os operadores em Chicago receosos em assumir posições mais consistentes.

Neste contexto, vale ainda destacar que a colheita argentina chegou a 90% da área nesta safra 2016/17, com a produção final sendo, agora estimada em 57,8 milhões de toneladas pelo USDA, contra 114 milhões no Brasil e 10,3 milhões no Paraguai, além das 117,2 milhões de toneladas colhidas nos EUA.

Pelo lado da demanda, a China importou 9,59 milhões de toneladas de soja em grão em maio passado, com aumento de 25% sobre igual mês de 2016. Em abril as compras chinesas haviam sido de 8,02 milhões de toneladas.

O plantio da soja nos EUA chegou a 92% da área até o dia 11/06, enquanto as condições boas e excelentes das lavouras estadunidenses atingiram a 66% do total, contra 70% na expectativa do mercado, outros 28% estavam regulares e apenas 6% entre ruins a muito ruins.

O clima continuará sendo o fator central das atenções do mercado, causando muita volatilidade nas cotações em função de especulações em torno do mesmo. Por enquanto, de forma geral, o mesmo está caminhando normalmente.

Aqui no Brasil, com o câmbio rompendo novamente a barreira dos R$ 3,30, tendo chegado em alguns momentos da semana a R$ 3,32, os preços da soja melhoraram um pouco. A média gaúcha no balcão voltou ao patamar dos R$ 60,00, fechando a semana em exatos R$ 60,19/saco. Nos lotes, os preços variaram entre R$ 65,00 e R$ 65,50/saco. Nas demais praças nacionais os lotes giraram entre R$ 53,50/saco em Diamantino (MT) e R$ 65,00/saco em Campos Novos (SC), passando por R$ 64,50 em Pato Branco (PR), R$ 60,00 em Pedro Afonso (TO) e R$ 61,00/saco em Uruçuí (PI).
 
 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.