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Cotações do milho em Chicago permaneceram praticamente estáveis

Média de outubro ficou em US$ 3,68/bushel, contra US$ 3,52 em setembro


As cotações do milho em Chicago permaneceram praticamente estáveis, com o bushel do cereal subindo pouco e fechando o dia 01/11 em US$ 3,66, após US$ 3,61 uma semana antes. A média de outubro ficou em US$ 3,68/bushel, contra US$ 3,52 em setembro.

Também aqui as fracas exportações dos EUA pesaram sobre as cotações. De fato, as vendas líquidas estadunidenses de milho, para o ano comercial 2018/19, somaram 349.500 toneladas na semana encerrada em 18/10. O mercado esperava um volume entre 400.000 e 900.000 toneladas.

De forma geral, não há indicadores no mercado para que os preços do milho retomem uma tendência de alta. Pelo contrário, a pressão da colheita segue forçando novas baixas, embora haja previsão de novas chuvas nas regiões produtoras estadunidenses para este início de novembro, fato que pode atrasar novamente a colheita. Mas, em contrapartida, o clima favorável ao cereal na América do Sul impede a especulação altista. Neste contexto, as fortes baixas dos preços no Brasil deixa este país mais competitivo no cenário mundial do milho, mesmo com a revalorização do Real.

Em termos de colheita nos EUA, a mesma chegava a 63% da área em 28/10, ficando exatamente dentro da média histórica. 

Paralelamente, na Argentina e no Paraguai, a tonelada FOB do milho ficou cotada em US$ 159,00 e US$ 115,00, respectivamente.

No Brasil, os preços recuaram novamente, com o balcão gaúcho fechando a semana em R$ 35,61/saco, contra R$ 36,45 na semana anterior. Já os lotes neste mercado fecharam a semana entre R$ 37,00 e R$ 38,00/saco. Nas demais praças nacionais, os lotes oscilaram entre R$ 17,50/saco em Sorriso e Campo Novo do Parecis (MT) e R$ 38,00/saco em Videira, Concórdia e Campos Novos (SC).

O recuo nos preços se dá pela pouca demanda dos consumidores do centro do país, bem estocados no momento. Diante disso, os produtores, mesmo pouco confortáveis, acabam aceitando negociar seu produto com receio de novos recuos nas semanas vindouras. 

Além disso, com o mercado cambial apontando para a possibilidade de o Real ficar ao redor de R$ 3,60 nestas próximas semanas, as exportações, para acontecerem, precisam de preços internos em reais mais baixos.

De fato, em termos de porto o nível está bastante baixo, enquanto existe grande volume de oferta de milho oriundo do Mato Grosso em direção aos grandes consumidores de São Paulo. Em havendo uma safra de verão normal, será difícil os preços do milho nacional frearem sua queda, salvo se houver uma pressão maior de venda na exportação.

A semana terminou, já adentrando o mês de novembro, com os preços no porto sem grandes mudanças, com o produto sem atratividade suficiente em comparação aos preços praticados no mercado interno. (cf. Safras & Mercado)

O mercado brasileiro continuou muito ofertado em milho tributado para toda a região Sul e Sudeste, incluindo as tradings que, na impossibilidade de exportarem a preços compensadores, estão jogando seus estoques no mercado interno. Com isso, o porto de Santos trabalhou entre R$ 34,00 e R$ 34,50/saco. Enfim, analistas em geral consideram que qualquer movimento de alta de preços, por enquanto, tende a ser contido pela pressão de venda do cereal do Mato Grosso em São Paulo. (cf. Safras & Mercado) Para os meses futuros, tudo dependerá dos estoques existentes junto aos consumidores, do comportamento das exportações e da nova safra de verão que está sendo semeada.

Enfim, no final da semana os preços internos ganharam um pouco de terreno, diante de ofertas mais apertadas, especialmente no mercado paulista, porém, para ocorrer uma retomada consistente apenas se no mercado físico se comprovar menor oferta do cereal nas próximas semanas. A dúvida maior fica por conta do volume que as tradings possuem para colocar no mercado interno, particularmente àquelas com lotes no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que vêm atendendo a demanda paulista.

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