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Cotações do milho em Chicago pouco variaram nesta semana.

Na Argentina, a tonelada FOB ficou cotada em US$ 149,00 e no Paraguai em US$ 112,50


As cotações do milho em Chicago pouco variaram nesta semana. O fechamento deste dia 19/10 ficou em US$ 3,49/bushel, isto é, no mesmo nível de uma semana atrás.
 
O mercado está pressionado pelas projeções de estoques importantes nos EUA, além de uma colheita que avança dentro da normalidade, apesar de alguns atrasos pontuais. O retorno das chuvas no Brasil deram mais tranquilidade ao mercado, embora a área do cereal de verão, a ser semeada, tenda a ser bem menor neste ano.

Ao mesmo tempo, as exportações estão fracas por parte dos EUA, tendo atingido apenas 322.700 toneladas na semana anterior. 

Até o dia 15/10 a colheita estadunidense havia atingido a 28% da área, contra 47% na média histórica para esta data, porém, a previsão de clima mais seco nestes próximos dias permitem esperar uma recuperação na mesma.

Neste restante de outubro as atenções se mantêm no ritmo de colheita nos EUA e no clima na América do Sul.

Na Argentina, a tonelada FOB ficou cotada em US$ 149,00 e no Paraguai em US$ 112,50.

No Brasil, após certo período de elevações nos preços, os mesmos se estabilizaram nesta semana. A média gaúcha no balcão fechou a semana em R$ 25,62/saco, enquanto os lotes ficaram em R$ 31,00/saco na maioria das localidades. Nas demais praças nacionais os lotes oscilaram entre R$ 16,20/saco em Campo Novo do Parecis (MT) e R$ 34,00/saco em Itahandu (MG), passando por R$ 31,50 em Videira (SC).

O mercado continua pressionado, de forma até surpreendente a considerar os preços no porto, pelas exportações. As nomeações de navios para outubro melhoraram muito, indicando vendas finais externas que podem chegar a 5,9 milhões de toneladas, o que seria um recorde mensal. 

Na prática o mercado físico continua apresentando um quadro complexo, com vendedores da safrinha retraídos e consumidores sem estoques, fato que alimenta a alta de preços, especialmente em São Paulo. O retorno das chuvas em boa parte do Centro-Sul brasileiro não tira a expectativa de atraso na entrada da safra nova do cereal, a qual continua sendo esperada para fevereiro/março na região de São Paulo e parte do Paraná. Tal atraso indica que o mercado do Sudeste terá mais 30 dias, para além do normal, com abastecimento dependendo somente da safra velha.
Neste contexto, o interior paulista registrou negócios entre R$ 28,00 e R$ 28,50/saco, com o referencial Campinas em R$ 33,00/saco CIF disponível. Já os preços no porto de Santos continuam mais baixos, ao redor de R$ 29,50/saco.

No curto prazo o mercado não espera alterações neste comportamento, e muita coisa fica agora na dependência do real tamanho da área a ser semeada com a safra de verão, assim como no comportamento climático daqui em diante. Neste contexto, o quadro de longo prazo para os preços do milho é altista, salvo se as exportações se reduzirem muito a partir de novembro.

Enfim, o plantio da nova safra de verão de milho chegou, até o dia 13/10, a 44% no Centro-Sul brasileiro, contra 49% em igual momento do ano passado. O Rio Grande do Sul registrava 88% de área semeada, Santa Catarina 60%, Paraná 56%, São Paulo 25%, Minas Gerais 10% e Goiás/DF 8%. O atraso está no Paraná e Minas Gerais que, no ano passado nesta época, haviam semeado respectivamente 74% e 27% da área. Vale reforçar que, segundo estimativas de Safras & Mercado, neste ano a área total do Centro-Sul ficará em 3,85 milhões de hectares, contra 5,3 milhões no ano anterior. Isso significa um recuo de 27,3% na área semeada do corrente ano. 
 

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